Taj Mahal
O Taj Mahal é um mausoléu situado em Agra, uma cidade da Índia.
Em 1993, foi eleito como Patrimônio Mundial da Humanidade pela UNESCO, e é hoje um importante destino turístico. Recentemente, alguns sectores sunitas reclamaram para si a propriedade do edifício, baseando-se de que se trata do mausoléu de uma mulher desposada por um membro deste culto islâmico. O governo indiano rejeitou a reclamação considerando-a mal fundamentada, já que o Taj Mahal é propriedade de toda a nação indiana.
Em 2007, foi anunciado como uma das Novas Sete Maravilhas do Mundo Moderno.
A construção do Taj Mahal foi feita entre 1630 e 1652 e iniciou-se com a fundação do mausoléu. Escavou-se e formou-se com os escombros uma superfície de aproximadamente 12.000 m² para reduzir o risco de infiltrações do rio. Toda a área foi levantada a uma altura de quase 15 metros sobre o nível da ribeira. Para transportar o mármore e outros materiais desde Agra até ao local da edificação, construiu-se uma rampa de terra de 15 km de comprimento.
O Taj Mahal não foi projetado por uma só pessoa, mas exigiu talento de várias origens.
O grupo de artistas incluindo escultores de Bucara, calígrafos da Síria e Pérsia, mestres em incrustação do sul da Índia, cortadores de pedra de Balichistão, um especialista em construir torres, outro que gravava flores sobre os mármores, completando um total de 37 artesãos principais. Esta equipe diretriz esteve acompanhada por uma força laboral superior a 20.000 trabalhadores recrutados em todo o norte da Índia.
O principal material empregado para a construção é o mármore branco trazido em carros puxados por bois, búfalos, elefantes e camelos desde as pedreiras de Makrana, no Rajastão, situadas a mais de 300 km de distância. Inclui materiais trazidos de toda a Ásia: Cristal e jade da China, turquesas do Tibete, lápis-lazúli do Afeganistão, safiras do Ceilão e quartzos da Península arábica. No total utilizaram-se 28 tipos de gemas e pedras semipreciosas para fazer as incrustações no mármore.
Os elementos decorativos pertencem basicamente a três categorias, recordando que a religião islâmica proíbe a representação da figura humana: caligrafia, elementos geométricos abstratos e motivos vegetais. A técnica da incrustação sobre as placas de mármore apresenta tal perfeição que as juntas entre as pedras e gemas incrustadas apenas se distinguem com uma lupa. Uma flor, de apenas sete centímetros quadrados, tem 60 incrustações ou marchetarias diferentes.
Cada secção do jardim é dividida por caminhos em 16 canteiros de flores, com um tanque central de mármore a meio caminho entre a entrada e o mausoléu, que devolve a imagem refletida do edifício.
O complexo está limitado por três lados por um muro em pedra vermelha. Após os muros, existem vários mausoléus secundários, incluindo os das demais viúvas de Shah Jahan e do servente favorito de Mumtaz. Estes edifícios, construídos principalmente com pedra vermelha, são típicos dos edifícios funerários mogóis da época.
Originalmente a entrada fechava-se com duas grandes portas de prata, que foram desmontadas e fundidas em 1764.
No extremo do complexo erguem-se dois grandes edifícios laterais ao mausoléu, paralelos aos muros leste e oeste. Ambos são fiéis ao reflexo um do outro. O edifício ocidental é uma mesquita. Tendo em conta que o complexo inclui uma mesquita, o acesso à sexta-feira permite-se somente a fiéis muçulmanos.
O foco visual do Taj Mahal, ainda que não se localize no centro do conjunto, é o mausoléu de mármore branco.
A tradição muçulmana proíbe a decoração elaborada das campas, pelo que os corpos de Mumtaz e Shah Jahan descansam numa câmara relativamente simples debaixo da sala principal do Taj Mahal. Estão sepultados segundo um eixo norte-sul, com os rostos inclinados para a direita, em direção a Meca.
Origem do nome
A palavra "Taj" provem do persa, linguagem da corte mogol, e significa "Coroa", enquanto que "Mahal" é uma variante curta de Mumtaz Mahal, o nome formal na corte de Arjumand Banu Begum, cujo significado é "Primeira dama do palácio". Taj Mahal, então, refere-se à "coroa de Mahal", a amada esposa de Shah Jahan.
O Taj Negro
Uma lenda afirma que se previu construir um mausoléu idêntico na margem oposta do rio Yamuna, substituindo o mármore branco por negro. A lenda sugere que Shah Jahan foi destronado por seu filho Aurangzeb antes de que a versão negra fosse edificada, e que os restos de mármore negro que são encontrados no rio são as bases inacabadas do segundo mausoléu.
Estudos recentes desmentem parcialmente esta hipótese e projetam novas luzes sobre o desenho do Taj Mahal. Todos os restantes grandes túmulos mogóis situavam-se em jardins formando uma cruz, com o mausoléu no centro. O Taj Mahal, pelo contrário, está disposto em forma de um grande "T" com o mausoléu num extremo. O rastro das ruínas na margem oposta do rio estende o desenho até formar um esquema de cruz, em que o próprio rio se converteria em canal.
Mutilação dos trabalhadores
Um sem-fim de histórias descrevem, muitas vezes com detalhes horripilantes, a morte, desmembramento e mutilação que Shah Jahan teria infligido a vários artesãos relacionados com a construção do mausoléu. Talvez a história mais repetida é a de que como o imperador teve à sua disposição os melhores arquitetos e decoradores, depois de completar o seu trabalho fazia-os cegar e cortar as mãos para que não pudessem voltar a construir um monumento que igualasse a superioridade do Taj Mahal. Nenhuma referência respeitável permite assegurar estas hipóteses, na qual alguns creem.
A história de amor
Ao longo dos séculos o Taj Mahal inspirou a prosa de viajantes, escritores, e outras personalidades de todo o mundo, colocando em relevo a grande carga emocional que representa o monumento.
O Taj Mahal é também conhecido como a maior prova de amor do mundo.
De acordo com a história o Príncipe Shah Jahan, então com 14 anos de idade, visitando um bazar encontrou Aryumand Banu Begam com 15 anos, filha do Primeiro Ministro, ficou tão encantado com a menina que no mesmo momento comprou um diamante de 10.000 ruppes (moeda da índia: rupia), e então foi ao seu pai e anunciou o seu desejo de casar com ela.
O casamento ocorreu cinco anos mais tarde e dali em diante eles tornaram-se inseparáveis...
A Princesa Aryumand Banu Begam a quem o Príncipe Shah Jahan chamava carinhosamente de Mumtaz Mahal ("A jóia do Palácio"), acompanhava-o em todas as campanhas militares, e era ela que o aconselhava nos negócios do estado e nas obras beneficentes.
Shah Jahan teve "outras esposas", mas a sua predileta era Mumtaz Mahal, sua única e mais preciosa Jóia, com quem teve 14 filhos.
Em 1631, a Princesa e sua companheira Mumtaz Mahal, a Jóia do Palácio morreu dando à luz a sua 14° criança, o príncipe ficou com o coração partido e durante duas décadas de sua vida cumpriu com sua promessa: construindo Taj Mahal, um monumento como símbolo do seu amor imortal para sua esposa e eterna companheira.
Em 1657 Shah Jahan ficou doente, e em 1658 seu filho Aurangzeb aproveitou de sua fragilidade para encarcerar seu pai e ocupar o trono.
Shah Jahan permaneceu em cativeiro até sua morte em 1666. Dizem que ele passou os últimos dias de sua vida olhando fixamente em um pequeno espelho o reflexo do Taj Mahal, e morreu com o espelho em sua mão.
Ele foi enterrado no Taj Mahal com a esposa que ele nunca esqueceu, sua Mumtaz Mahal, a "Jóia do Palácio".
(Fontes: www.misteriosantigos.com, textos da Internet)
Viaje pelo Taj Mahal nesse
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