Eternidade inútil
Até morrer
estarei enamorada
de coisas impossíveis:
tudo que invento, apenas,
e dura menos que eu,
que chega e passa.
Não chorarei minha triste brevidade
unicamente a alheia,
a esperança plantada em tristes dunas,
em vento, em nuvens, n'água.
A pronta decadência,
a fuga súbita
de cada coisa amada.
O amor sozinho vagava.
Sem mais nada além de mim...
numa eternidade inútil.
(Cecília Meireles)
Nidia ,
ResponderExcluirNão sabe a alegria que me deu aparecendo lá no blog , num texto do Mia Couto que muito gostamos .
Também temos fascínio pelos poemas da Cecília Meireles e assim vamos nos visitando em plena sintonia .
Obrigada .
Beijos
E que nosso elo poético não se acabe.
ExcluirBom final de semana.
Beijos