Ensino e pesquisa definem produção de eletrônicos em Santa
Rita do Sapucaí
A estrutura
produtiva de Santa Rita do Sapucaí, referência nacional no desenvolvimento e
fabricação de produtos eletroeletrônicos, tem a ver com o enriquecimento da
cidade com a produção de café e leite até a década de 1970, mas também com a
concentração de instituições de ensino e pesquisa voltadas para a tecnologia. A
Escola Técnica de Eletrônica (ETE), que conta com um curso técnico em
biomedicina; o Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), que oferece
cursos de graduação e pós-graduação em engenharia biomédica; e o Centro de
Ensino Superior em Gestão, Tecnologia e Educação (FAI) são exemplos de
entidades que contribuem para a qualificação dos profissionais na região e,
consequentemente, para a instalação de empresas e indústrias do setor.
Um exemplo dessa sinergia está no fato de que uma das duas incubadoras
localizadas no município é mantida pelo Inatel – a outra integra o Programa
Municipal de Incubação Avançada de Empresas de Base Tecnológica, da prefeitura.
A região conta com outras iniciativas, como a Incubadora de Empresas de Base
Tecnológica de Itajubá (Incit), que apoiou o desenvolvimento da empresa
AutHosp, dirigida por Diovani Gomes Ribeiro e especializada na fabricação de
mobiliários para a área de saúde humana e animal.
Além das incubadoras, que oferecem espaço físico, treinamento e acompanhamento
das empresas escolhidas por meio de edital, o Sindicato das Indústrias de
Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares do Vale da Eletrônica (Sindivel) e
o Sebrae-MG dão um suporte imprescindível aos novos empreendimentos.
Mercado
O Sebrae-MG auxilia na captação de recursos, em processos de gerenciamento,
entre outras áreas. Rodrigo Ribeiro Pereira, técnico da instituição no
município, explica que foi necessário procurar em todo o país profissionais
especializados para prestar consultoria às empresas. “Estamos focados também na
inserção dos empreendimentos no mercado. No fim deste mês, por exemplo, vamos
levar sete empresas para expor seus produtos na Hospitalar, maior feira do
setor do país, que será realizada em São Paulo.”
Flávia Magalhães do Couto, diretora do setor eletromédico do Sindivel, afirma
que não se trata de um mercado fácil, pela exigência de uma série de
regulamentações, autorizações e certificações por parte da Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa) para permitir a comercialização dos produtos. “Os
empreendedores têm que estar preparados para esperar um bom tempo até conseguir
as licenças, em um processo que custa caro. Não é para aventureiros.”
(Fonte:
Carolina Lenoir – Estado de Minas em 09/05/2013)
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