Empresas de Santa Rita do Sapucaí preveem expansão
Receita do polo deve crescer até 10% e somar R$ 2,2 bilhões neste ano.
Apesar de algumas das 150 empresas do Vale da Eletrônica, em Santa Rita
do Sapucaí (Sul de Minas), estarem descapitalizadas, em consequência das
oscilações do dólar nos últimos meses, as expectativas ainda são positivas para
este ano. Segundo o presidente do Sindicato das Indústrias de Aparelhos
Elétricos, Eletrônicos e Similares do Vale da Eletrônica (Sindivel), Roberto de
Souza Pinto, o faturamento em 2013 deve chegar a R$ 2,2 bilhões, o que
representará crescimento de 8% a 10% em relação ao exercício anterior.
"É um incremento modesto, se comparado aos dos últimos oito anos,
de cerca de 30% ao ano", observa Souza Pinto, lembrando que, em um
ambiente de empresas novas e jovens empreendedores, é natural que haja
crescimento. Conforme ele, as variações da moeda americana nos últimos meses
foram um grande desafio para o setor.
Com a alta, explicou, os empresários tiveram que tirar do capital de
giro para compensar a elevação dos preços de insumos importados, já que a
vigência dos contratos é de cerca de 120 dias. Com o custo de importação acima
do valor da tabela, e com o comportamento do mercado brasileiro,
"resistente à remarcação de preços", o faturamento será menor do que
o esperado.
"Para nós, não há faixa de dólar ideal. O que precisamos é de estabilização", explicou. Isto porque, de acordo com ele, quando o dólar sobe muito, o produto brasileiro, de Santa Rita do Sapucaí, com maior valor agregado, fica mais competitivo. "Mas, neste caso, ficamos mais dependentes do capital de giro para importar a matéria-prima, o que é um grande gargalo".
"Para nós, não há faixa de dólar ideal. O que precisamos é de estabilização", explicou. Isto porque, de acordo com ele, quando o dólar sobe muito, o produto brasileiro, de Santa Rita do Sapucaí, com maior valor agregado, fica mais competitivo. "Mas, neste caso, ficamos mais dependentes do capital de giro para importar a matéria-prima, o que é um grande gargalo".
Já no caso da valorização do real frente ao dólar, disse, o produto importado
fica mais barato e a produção brasileira tem mais dificuldade para enfrentar a
concorrência dos importados. "Mas, em compensação, com capital de giro, é
possível produzir em maior volume e com ganho de produtividade", ponderou,
ressaltando que o setor é também exportador.
Para estimular o grupo exportador do Vale da Eletrônica, o Sindivel realizou neste ano "19 ações para exportações". São rodadas de negócios em que empresários estrangeiros, a convite do sindicato, têm a oportunidade de conhecer a produção local e fazer negócios. "Vendemos para 42 países e somos os maiores exportadores de aparelhos de transmissão digital do mundo", garante Souza Pinto. O maior mercado consumidor é formado pelas américas do Sul e Central e Europa, além dos países da Ásia.
Para o dirigente, que na última semana esteve na China em missão empresarial, ao lado de dez empreendedores, para o Brasil ganhar competitividade será preciso rever a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), criada no Brasil há 70 anos. Segundo ele, nessa viagem, ele pôde ver de perto que, na China, o custo da mão de obra do setor fica entre 60% e 70% abaixo do apurado no Brasil. Sem contar a diferença dos encargos trabalhistas. Enquanto no Brasil "é o dobro do salário", no gigante asiático não passa de 10%.
Para estimular o grupo exportador do Vale da Eletrônica, o Sindivel realizou neste ano "19 ações para exportações". São rodadas de negócios em que empresários estrangeiros, a convite do sindicato, têm a oportunidade de conhecer a produção local e fazer negócios. "Vendemos para 42 países e somos os maiores exportadores de aparelhos de transmissão digital do mundo", garante Souza Pinto. O maior mercado consumidor é formado pelas américas do Sul e Central e Europa, além dos países da Ásia.
Para o dirigente, que na última semana esteve na China em missão empresarial, ao lado de dez empreendedores, para o Brasil ganhar competitividade será preciso rever a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), criada no Brasil há 70 anos. Segundo ele, nessa viagem, ele pôde ver de perto que, na China, o custo da mão de obra do setor fica entre 60% e 70% abaixo do apurado no Brasil. Sem contar a diferença dos encargos trabalhistas. Enquanto no Brasil "é o dobro do salário", no gigante asiático não passa de 10%.
(Fonte: Diário do Comércio em 29/10/2013)
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