quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Ninguém vive sem um pouco de poesia... - Affonso Romano de Sant´Anna

Chegando em casa

Chegando em casa
com a alma amarfanhada
e escura
das refregas burocráticas
leio sobre a mesa
um bilhete que dizia:
- hoje 22 de agosto de 1994
meu marido perdeu, deste terraço:
mais um pôr de sol no Dois Irmãos
o canto de um bem-te-vi
e uma orquídea que entardecia
sobre o mar.
(Affonso Romano de Sant'Anna)

Na vitrola aqui de casa - Sintonia

Para lembrar dos tempos da ETE e das válvulas 5Y3.

Historinhas - A faxina semanal

A faxina semanal

(o túmulo de meu bisavô é o primeiro, à direita da foto)

Acho que já disse em outras historinhas que passei muitas horas da minha infância na casa da minha bisavó Quininha. Minha memória é povoada de lembranças desse lugar. Nessa casa, também moravam minha tia-avó e madrinha Tita e tia Cecília, que foi criada lá desde menina e era considerada como da família por todos nós.
Seu cotidiano era cheio de regras e horários estabelecidos que não eram modificados nunca. Almoço sempre às onze, café da tarde às duas, jantar às cinco e reza do terço às seis horas. Tudo pontualmente. Mandioca cozida com açúcar, todo dia, no almoço e no jantar.
Segunda-feira, depois do almoço, era reservada para ir ao cemitério limpar e encerar o túmulo de meu bisavô Sanico e minha tia-avó Lilia que nem conheci.
Na manhã de segunda, Tita já cortava as flores e as colocava num balde com água. Tia Cecília, que a gente chamava de Cila, já separava, em outro balde, todos os apetrechos para a faxina semanal: cera, sapólio, panos velhos e sabão. Deixava por perto, à espera, o espanador e a vassoura.
Depois do almoço, Tita começava o ritual de se arrumar. Eu ficava sentada na cama só observando e já sabendo tudo que ia acontecer. Era como se estivesse assistindo meu filme preferido pela enésima vez. Pensava, ela vai abrir o guarda-roupa e escolher um vestido e a porta rangia. Ela ia passando os cabides até parar em um e tirá-lo do armário. Agora vai colocar o vestido dobrado no braço esquerdo e o cabide vazio em cima da cadeira. E lá estava ele. Abria a gaveta da cômoda e escolhia uma combinação e um par de meias finas. Eu não compreendia para que passar a pilha de combinações se todas eram parecidas e da mesma cor, bege. Hora de ir para o banheiro. Voltava quase pronta. Só faltava separar os sapatos e a sombrinha. Era tudo combinando com o vestido. Havia um guarda-roupa cheio de sombrinhas penduras no lugar dos cabides. Eu achava todas lindas, mas a minha preferida era uma azul-marinho com o cabo todo entalhado com flores. Então eu arriscava um palpite:
- Vai com a azul, Tita. É a mais bonita.
- Não combina, o fundo do vestido é verde.
Tentando convencê-la, eu dizia:
- Mas tem uns desenhos azuis no estampado.
- Não, vou com a verde.
- A senhora nunca vai com a que eu gosto. Parece até que não é minha madrinha.
- Com efeito, não diga isso. Qualquer dia eu vou com ela.
Eu nunca consegui entender bem essas frases que ela falava quando eu fazia ou dizia uma coisa com que ela não concordava. Começavam sempre com “com efeito” que eu escutava confeito. Confeito, para mim, era um docinho. Agora acho que “com efeito” era o equivalente a “então” que os jovens hoje usam para iniciar todas as respostas.
Chegamos a parte final da arrumação. Ela se sentava no banquinho da penteadeira, passava pó-de-arroz e penteava os cabelos que eram cinza-azulados por conta da rinsagem que usava. Até hoje me lembro dos gestos. Passava o pente e depois ajeitava os cabelos com as mãos dando uma pequena empurradinha para arrumar os fios. Eu planejava: Quando for velha quero ter os cabelos azuis como o dela.
- Estou pronta, ela dizia.
E lá íamos nós.
Descíamos as escadas e a Cila já estava na varanda a nossa espera. Eu escolhia o balde mais leve para ajudar e enfim partíamos. No trajeto, a sombrinha de minha tia ia estalando por causa do sol que aquecia o nylon. Ela ia à frente e nós duas atrás, acompanhando o ritmo do som da sombrinha.
Subíamos todo o morro interno do cemitério, já que o túmulo do meu bisavô era o último do lado esquerdo da alameda central.
Enquanto se fazia a faxina, ela aproveitava para rezar. Começava sempre com a Ladainha de Nossa Senhora. Eu já sabia. Enquanto ela falar dos homens, eu tenho que responder “Tende piedade de nós”. Quando começar com as mulheres, a resposta é “Rogai por nós.”
-Senhor,
- Tende piedade de nós.
- Jesus Cristo,
- Tende piedade de nós.
E lá vinham os homens.
De repente mudava.
- Santa Maria,
Eu não errava. Mulher? Mais que depressa:
_ Rogai por nós.
E continuava um tanto de louvores a Nossa Senhora, Mãe amável, Mãe admirável, que eram seguidos por “Rogai por nós”.
E eu ficava esperando a parte que não conseguia entender.
- Espelho de justiça,
Pronto. Minha cabecinha já começava a divagar. Não conseguia entender porque rezar para um espelho. Meu pensamento ia longe e eu já não respondia mais.
- Vaso espiritual,
- Vaso digno de honra,
Como será que era o Vaso espiritual? Como minha cor preferida sempre foi azul, eu imaginava um vaso bem grande de vidro azul claro e, para ficar mais bonito ainda, colocava algumas flores nele.
- Vaso insigne de devoção,
Esse eu nem cogitava como era, pois não sabia o que era insigne. Mas que eu achava a palavra bonita, isso achava. (Acabei de olhar no dicionário. Insigne - Notável, célebre, assinalado. Agora complicou. Se insigne é isso, por que insignificante é sem importância, sem valor?)
- Rosa mística,
- Torre de David,
-Torre de marfim,
Ah! Que torre alta. Branquinha. Toda feita com dentes de elefante...
- Casa de ouro,
Nessa eu caprichava nos delírios de grandeza. Não era casa, era um palácio todo dourado com príncipe, princesa, carruagens e tudo mais que eu conseguia me lembrar vindos dos contos de fada. E eu não ouvia mais nada. Viajava nos meus sonhos de criança até ouvir um “Rogai por nós” mais alto e em tom de censura.
Era hora de voltar.
-Arca da aliança,
- Rogai por nós...
Como a ladainha era imensa, só dava tempo de rezar mais um Pai-Nosso e três Ave-Marias.
Estava acabada a faxina e eu achava que os meus parentes mortos deviam estar orgulhosos. O túmulo preto sempre ficava brilhando. E com todas aquelas flores, certamente era o mais bonito de todo o cemitério. Mais belo até que o mausoléu da Dona Sinhá que ficava bem ao lado, mas onde ninguém colocava flores às segundas-feiras...

Você sabia? - Câmara do DF é mais disputada que vestibular da UnB

Câmara do DF é mais disputada que vestibular da UnB

A crise enfrentada pelo governo do Distrito Federal com as denúncias de corrupção no fim do ano passado não foi suficiente para fazer os candidatos a uma vaga na Câmara Legislativa desistirem da disputa nas eleições de outubro. O número de concorrentes este ano é 32% maior do que no pleito de 2006.
Os 856 candidatos que vão disputar uma das 24 vagas na Câmara Legislativa enfrentarão uma concorrência maior do que a de vestibulares para cursos bastante procurados. Enquanto os vestibulandos para direito, na UnB (Universidade de Brasília), enfrentam uma concorrência de 17,46 candidatos por vaga; na Câmara Legislativa, são 35,6 para cada posto.
Os deputados distritais receberão salário de R$ 12,4 mil, além da verba indenizatória de R$ 11,2 mil usada para gastos com combustível e divulgação da atividade parlamentar.
(Fonte: Agencia Brasil em 03/08/2010)

Blog: E quem não quer?

Serviço - Propaganda eleitoral pela Internet

Você já recebeu alguma propaganda eleitoral irregular pela internet ou sabe de algum caso?

A campanha oficial começou no dia 6 de julho, e muitos eleitores permanecem em dúvida sobre o que os políticos podem ou não fazer durante este período eleitoral. Não é permitido, por exemplo, veiculação de qualquer tipo de propaganda eleitoral paga na internet e o anonimato do autor da propaganda. O eleitor só poderá receber e-mail se ele próprio cadastrou o endereço eletrônico dele no site do candidato ou do partido. Caso contrário, a propaganda por e-mail será considerada irregular.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Fragmentos - "As Meninas"

“Como quando se tira um vestido velho do baú, um vestido que não é para usar, só para olhar. Só para ver como ele era. Depois a gente dobra de novo e guarda, mas não se cogita em jogar fora ou dar. Acho que saudade é isso.” (Lygia Fagundes Telles em As Meninas)

Modos e modas - Marcador de copo

Marcador de copo

É comum, quando reunimos amigos em casa, algum convidado ou você mesmo perder o copo. Isso acontece principalmente em jantares sem lugar marcado, enquanto você vai fazer seu prato no bufe e deixa seu copo em alguma mesa de apoio. Quando volta vê que vários convidados tiveram a mesma idéia que você.
E agora? Qual é seu copo?
Nessas horas que marcador de copo é uma coisa genial. Nada mais é que uma argolinha com um pequeno objeto identificador ou cor diferenciada, para que cada pessoa saiba qual é seu copo.
Você pode bolar várias formas de marcar copos e taças. Esse eu ganhei e uma amiga, mas como é muito fácil de fazer vou dar as dicas para evitar copos perdidos em sua próxima festa.
Material cada marcador: 10 centímetros de arame para bijuteria * 10 cristais pequenos ou contas de resina colorida (resina é mais barato) * 10 miçangas metálicas * 1 alicate de bico redondo (usado na confecção de bijuterias) * 1 alicate de corte
Modo de fazer: Com o alicate de bico redondo, faça uma argolinha numa das pontas do arame. Vá alternando as miçangas e as contas. Comece com uma miçanga para facilitar o fechamento. No final do arame, com o alicate de bico redondo, dobre a ponta para abotoar na argolinha. Pronto! Repita o trabalho com cristais de várias cores.
Caso queira fazer para copos de cerveja, basta medir a circunferência da base do copo e aumentar um pouquinho para facilitar na hora de fechar.

Pátria Minas - Pão-durismo mineiro: mito ou realidade?

Pão-durismo mineiro: mito ou realidade?

Os judeus participaram de todos os ciclos da economia brasileira, inclusive o do ouro e pedras preciosas das Minas Gerais. Obrigados a se manter no anonimato, para não serem denunciados à Inquisição e ao mesmo tempo preocupados em seguir as regras dietéticas da kashrut (Lei dietética judaica), desenvolveram um mobiliário que permitia agradar a gregos e troianos, que é a famosa “mesa com gavetas” dos mineiros. Em que consistia? Muito simples: as mesas das cozinhas e copas onde eram realizadas as refeições dispunham de gavetas estrategicamente dispostas no lugar onde os comensais deveriam sentar. A cada refeição, eram preparados dois pratos para cada pessoa. Um, taref (Alimento impróprio para consumo pela lei dietética judaica ), para inglês ver, no caso de chegar alguma visita inesperada, composto pelos alimentos habituais da cozinha mineira, como lingüiça, torresmo, leitão e outros quitutes que, além de seu elevado teor calórico, eram proibidos aos judeus. O outro prato continha os alimentos preparados segundo a tradição judaica de não misturar carne com leite e derivados, de evitar a ingestão de crustáceos e peixes sem escamas e uma série de outras recomendações, especialmente a de não consumir carne ou gordura de porco. E era um tal de bota e tira os pratos nas tais gavetas a cada aproximação de um estranho que o zé-povinho acabou forjando a lenda de que os mineiros eram pão-duros, pois preparavam dois tipos de comida. Uma, de melhor qualidade e sabor, para o pessoal da casa e outra, mais simples, para o caso de chegar uma visita inesperada.

Santa Rita é notícia - Setor eletroeletrônico cresce no Sul de Minas

Setor eletroeletrônico cresce no Sul de Minas

Abinee vai pedir redução de encargos fiscais ao governo federal.

A redução de encargos fiscais, entre outras medidas, para produtos do segmento fabricados no Brasil, é a principal reivindicação do documento que será entregue por representantes da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) nesta semana, em Brasília, ao governo federal e presidenciáveis. O objetivo é diminuir o preço das mercadorias nacionais para que elas possam competir com os artigos chineses.
No entanto, municípios do Sul de Minas têm registrado grande expansão do setor nos últimos anos. É o caso do Vale da Eletrônica, em Santa Rita do Sapucaí. "A importação de produtos asiáticos não nos preocupa. O faturamento das empresas cresceu inclusive durante o período de crise e a previsão é de que as indústrias permaneçam em expansão", avaliou o secretário de Ciência e Tecnologia, Indústria e Comércio, Pedro Sérgio Monti.
De acordo com dados do Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares (Sindvel), as empresas instaladas no município faturaram cerca de R$ 1,1 bilhão em 2009, crescimento de 15% em comparação com 2008, quando o segmento movimentou R$ 1 bilhão. Para 2010, a estimativa da entidade é de faturamento de R$ 1,2 bilhão, expansão de aproximadamente 10% frente ao ano anterior.
Em Varginha, também no Sul do Estado, a situação não é diferente. A construção do polo de eletrônica na cidade, que havia sido paralisada no último ano por causa dos efeitos da crise financeira, foi retomada em 2010. "Estamos investindo bastante no projeto. Cerca de 250 empresas, entre pequenas, médias e grandes, já estarão produzindo na cidade a partir do ano que vem", informou o secretário de Desenvolvimento, Samuel Maganha Filho.
O polo recebeu um aporte de R$ 700 milhões. Entre as empresas que fazem parte da iniciativa, estão Wallita/Philips do Brasil Ltda, Flexfor do Brasil, SwissBras, Polishop, SRW Plásticos e Plascar. "Na próxima semana, a Texcom, uma empresa paulista que fabrica memórias eletrônicas já deve começar a operar aqui", ressaltou.
Na opinião do secretário, o Estado já oferece incentivos para a instalação de indústrias do segmento. "uma política sadia. O governo isenta o fabricante de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) durante todo o primeiro ano. Depois há uma redução regressiva desta taxa", explicou.
Quanto ao grande número de empresas que deve fazer parte do polo eletrônico de Varginha, Maganha Filho observou que o município proporciona facilidades para a instalação de fábricas na área. "Oferecemos terreno, luz, água, saneamento básico, todo o suporte e a infraestrutura necessários. Fazemos acordos com empresas de outro setor, que se responsabilizam, por exemplo, pela terraplenagem do terreno", salientou.
Oo secretário afirmou que também estão sendo feitos investimentos em mão de obra qualificada. "Haverá a construção do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) na cidade", ressaltou.
Apesar de a balança comercial do segmento possuir déficit total de R$ 20 bilhões no acumulado do ano, o setor de equipamentos eletroeletrônicos cresceu 14% em Minas Gerais de janeiro a maio frente ao mesmo período de 2009.
(Fonte: Lídia Rezende – Especial para o Diário do Comércio em 03/08/2010)

De onde vem? - Ficar a ver navios

Ficar a ver navios

Aplica-se a quem espera algo que jamais chegará, esperar em vão. Alguém que marca encontro com pessoa que nunca cumpre compromissos; ou que perde negócio, emprego, namorada. Significa também não obter o que se deseja; sofrer uma decepção.
Há três explicações para a origem dessa expressão.
A primeira deriva da atitude contemplativa de populares, que se instalavam nos lugares mais altos de sua cidade à espera de que uma lenda se tornasse realidade.
O rei de Portugal, Dom Sebastião, morreu na batalha de Alcácer-Quibir, mas o corpo não foi encontrado. A partir de então (1578), o povo português esperava sempre o sonhado retorno do monarca salvador. Lembremos que, em 1580, em função da morte de Dom Sebastião, abre-se uma crise sucessória no trono vago de Portugal. A conseqüência dessa crise foi a anexação de Portugal à Espanha (1580 a 1640), governada por Felipe II.
Difundiu-se então a crença de que Dom Sebastião havia se “encantado” e um dia regressaria a Portugal, para levar o país de volta a uma época de conquistas.
Evidentemente, os portugueses sonhavam com o retorno do rei, como forma salvadora de resgatar o orgulho e a dignidade da pátria lusa. Em função disso, o povo passou a visitar com freqüência o Alto de Santa Catarina, em Lisboa, esperando, ansiosamente, o retorno do dito rei. Como ele não voltou, o povo ficava apenas a ver navios.
A segunda teoria que visa estabelecer uma origem para a expressão está relacionada com a primeira invasão francesa. O General Junot que pretendia chegar a Lisboa a tempo de aprisionar a Família Real, conseguiu de fato chegar a Lisboa à frente de dois regimentos em muito má condição. A 30 de Novembro de 1807, Junot estava em Lisboa, mas a Família Real (D. João VI) partira para o Brasil precisamente na véspera tendo Junot "ficado a ver navios".
A terceira tem relação com o judaísmo. Em 1492 foi determinado que os judeus que não se convertessem teriam de deixar a Espanha até ao fim de julho. Centenas de milhares então se fixaram em Portugal. O casamento do rei D. Manuel com D. Isabel, filha dos Reis Católicos, levou-o a aceitar a exigência espanhola de expulsar todos os judeus residentes em Portugal que não se convertessem ao catolicismo, num prazo que ia de Janeiro a Outubro de 1497. O rei Dom Manuel precisava dos judeus portugueses, pois eram toda a classe média e toda a mão-de-obra, além da influência intelectual. Se Portugal os expulsasse logo como fez a Espanha, o país passaria por uma crise terrível. Na realidade D. Manuel não tinha qualquer interesse em expulsar esta comunidade, que então constituía um destacado elemento de progresso nos setores da economia e das profissões liberais. A sua esperança era que, retendo os judeus no país, os seus descendentes pudessem eventualmente, como cristãos, atingir um maior grau de aculturação. Para obter os seus fins lançou mão de medidas extremamente drásticas, como ter ordenado que os filhos menores de 14 anos fossem tirados aos pais a fim de serem convertidos. Então fingiu marcar uma data de expulsão na Páscoa. Quando chegou a data do embarque dos que se recusavam a aceitar o catolicismo, alegou que não havia navios suficientes para levá-los e determinou um batismo em massa dos que se tinham concentrado em Lisboa à espera de transporte para outros países. No dia marcado, estavam todos os judeus no porto esperando os navios que não vieram. Todos foram convertidos e batizados à força, em pé. Daí a expressão: “ficaram a ver navios”. O rei então declarou: não há mais judeus em Portugal, são todos cristãos (cristãos-novos).

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Bão dimais - Chutney de Manga

Chutney de Manga

INGREDIENTES: 4 mangas grandes * 2 xícaras (chá) de vinagre * 1 e ½ xícaras (chá) de açúcar * 1 colher (sopa) de gengibre ralado * 2 dentes de alho socados * 1 colher (chá) de mostarda em grão * 1 xícara (chá) de passas sem sementes * 1 colher (chá) de sal
MODO DE FAZER: Misture o açúcar, o sal e o vinagre. Leve ao fogo e assim que levantar fervura junte as mangas em fatias, o alho, as passas, o gengibre e a mostarda bem socada. Deixe ferver em fogo brando, mexendo com colher de pau, até obter o ponto de geléia. Depois de frio, guarde em vidros esterilizados.
Acompanhamento ideal para carnes,quentes ou frias, aves, embutidos e queijos.

Pátria Minas - Aula de anatomia

Aula de anatomia

A professora aponta o dedo para um esqueleto e pergunta:
- O que é isto, Joca?
- Isso, fessora?
- Sim, o que é?
- Uai, é uma sombração pelada!

Ninguém vive sem um pouco de poesia... - Lya Luft

Canção desse rumor

Quem - estando ausente - entra no quarto
Quem deita ao lado meu, quem passa
No meu coração seus lábios quentes, quem
Desperta em mim as feras todas
Quem me rasga e cura
Quem me atrai?

Quem murmura na treva e acende estrelas
Quem me leva em marés de sono e riso
Quem invade meu dia após a noite
Quem vem – estando ausente -
E nunca vai?
(Lya Luft)

domingo, 1 de agosto de 2010

Serviço - Recenseadores do IBGE começam a visitar os 58 milhões de domicílios do país neste domingo

Recenseadores do IBGE começam a visitar os 58 milhões de domicílios do país neste domingo

Os recenseadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) começam neste domingo, dia 1º, a visitar os 58 milhões de domicílios do país para traçar um perfil do brasileiro e de suas condições de vida. Com isso, o Brasil será um dos 68 países que realizarão censos este ano e vão pesquisar, no total, quase a metade da população do mundo.
Em território brasileiro, os cerca de 190 mil recenseadores devem percorrer os mais de 8,5 milhões de quilômetros quadrados, usando boné azul, colete e crachá com dados pessoais, além de um pequeno computador de mão. Pela primeira vez, o censo será totalmente informatizado, sem os extensos relatórios de papel.
Outra inovação desta edição é a possibilidade de o questionário socioeconômico ser respondido pela internet. Neste caso, o morador deve esperar a visita do recenseador para obter o código de acesso ao site do IBGE referente ao seu domicílio e preencher os dados em até cinco dias.
Além do avanço tecnológico, o IBGE acrescentou perguntas ao censo. Serão pesquisados nesta edição cônjuges do mesmo sexo, etnia e língua indígena, tempo de deslocamento para o trabalho, disponibilidade de luz elétrica, de internet e de telefones celulares. O questionário já continha perguntas sobre raça, religião, trabalho e renda, além do número de filhos.
Para incentivar os brasileiros a responder às questões, processo que leva cerca de 20 minutos, uma campanha publicitária começa a ser exibida neste domingo em jornais, revistas e na televisão, com informações sobre os recenseadores. Os moradores e síndicos que desconfiarem dos profissionais podem checar a identidade deles ligando gratuitamente para 0800 721 8181.
O Censo 2010 vai custar R$ 1,6 bilhão e começará a ter os resultados divulgados no dia 27 de novembro, quando o IBGE informará ao Tribunal de Contas da União (TCU) o tamanho da população brasileira, estimada hoje em 191 milhões de pessoas.
Os dados serão usados para calcular a distribuição de recursos do governo federal entre as prefeituras, por meio do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). O rateio é feito de acordo com o número de habitantes de cada cidade.
(Fonte: Agência Brasil em 01/08/2010)

Fragmentos - "Mar de Dentro"

"A casa onde eu nasci, embora já não seja minha, permanece intacta em mim como a escultura de uma caravela em uma garrafa: uma casa dentro da memória.
Nunca mais foi como aquele o cheiro de lençóis limpos nem o aroma das comida, a música das vozes amadas e o crepitar das lareiras, nunca mais a mesma sensação de acolhimento, nunca mais pertencer a nada com tamanha certeza."
(Lya Luft – em “Mar de Dentro”)
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