Mostrando postagens com marcador Mitos e lendas. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Mitos e lendas. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Mitos e lendas - Caos

Caos

No princípio era o Caos.
Havia um grande vazio e tudo se misturava ao mesmo tempo. Essa grande confusão recebeu o nome de Caos, que era a primeira divindade, o mais velho dos deuses.
Era o estado primordial, primitivo do mundo, sendo considerado como uma força sem forma ou aparência.
Era, segundo os poetas, uma matéria que existia desde tempos imemoriais, sob uma forma vaga, indefinível, indescritível, na qual se confundiam os princípios de todos os seres particulares. Caos precedeu a origem, não só do mundo, mas também dos deuses. Era considerado o estado não organizado, ou o nada, de onde todas as coisas surgiam.
Inicialmente descrito como o ar que preenchia o espaço entre o Éter e a Terra, mais tarde passou a ser visto como a mistura primordial dos elementos.
Rudimentar, capaz, porém, de fecundar e de manter a vida. A essa fonte geradora de vida e energia tudo é possível e foi a partir dela que nasceram os Deuses e a matéria - os planetas e os homens.
Seu nome deriva do verbo grego χαίνω, que significa "separar, ser amplo".
Os filhos de Caos nasceram de cisões assim como se reproduzem os seres unicelulares. Toda a família de Caos se origina de forma assexuada.
Parece ser um deus andrógino, trazendo em si tanto o masculino como o feminino. Esta é uma característica comum a todos os deuses primogênitos de várias mitologias.
Caos ficou conhecido como o deus da confusão, que separa as coisas e as deixa em desordem.
No princípio tudo era o Caos. Este é considerado o deus primordial da Mitologia.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Mitos e Lendas - As Parcas

O espírito greco-romano procurava explicar os fatos que se desenrolavam em seu mundo, lançando mão de uma fértil imaginação. Tudo aquilo que não podia entender julgava ser obra divina e criou uma religião fantasista, tendo chegado a dramatizar uma numerosa família de deuses.
Os gregos e romanos povoaram o mundo com uma variedade de divindades correspondentes a todos os espetáculos belos e terríveis do mundo e a todos os poderes e processos da natureza. Em sua imaginação prodigiosa não existia estrela que brilhasse no céu, nuvem que obscurecesse a luz solar ou vento que ondulasse a folhagem que não tivesse um deus a presidir-lhes a ação.

As Parcas

Um fio de ouro (John Strudwick - 1885)

Na mitologia romana, para determinar o curso da vida humana havia três deusas, as Parcas que se chamavam Nona, Décima e Morta. Na mitologia grega elas eram as Moiras e tinham nomes de Cloto que significa fiar, Láquesis que é sortear e Átropos, não voltar. Elas decidiam sobre a vida e morte e nenhum outro deus, nem mesmo Júpiter (Zeus), podia contestar suas decisões. Para os romanos, as três irmãs determinavam o destino dos mortais, mas para os gregos elas regiam tanto a vida dos deuses, quanto dos seres humanos. Eram responsáveis por fabricar, tecer e cortar aquilo que seria o fio da vida de todos os indivíduos. Eram também chamadas de Fates, daí o termo fatalidade.
Nona tecia o fio da vida até a nona lua que é a duração da gravidez humana. Nona tece o fio da vida tecendo os dias no útero materno.
Décima cuidava da extensão e caminho da vida. Representa o nascimento efetivo, o corte do cordão umbilical, o início da vida terrena, o individuo definido, a décima lua. Puxa e enrola o fio tecido, calculando seu comprimento, enquanto gira o fuso e determina o nosso destino. Ela sorteia o nome dos que vão morrer e é a responsável pelo quinhão de atribuições que se ganha em vida.
Morta cortava o fio. É a outra extremidade, o fim da vida terrena, que pode ocorrer a qualquer momento. Ela determinava o momento da nossa partida.
Durante o trabalho, as parcas fazem uso da Roda da Fortuna, que é o tear utilizado para se tecer os fios. Ao enrolar os fios da existência dos seres vivos neste instrumento, cada pessoa se encontrará na posição mais almejada, o alto da roda, ou em baixo, na parte menos desejada, simbolizando os momentos de boa ou má sorte de todos.

As Parcas, (Ai Don - 2008)

Blog: Entre parênteses estão os nomes equivalentes na mitologia grega.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...