Virar a casaca
Vem desde a Roma antiga, passando pelos tempos medievais, e remontando aos dias de hoje. Porém, foi na idade média que esses inescrupulosos enganadores mais se destacaram. Naqueles tempos medonhos, os feudos eram caracterizados pelas cores das roupas. Então, os vira-casacas contumazes mandavam confeccionar os casacos com duas cores. A cor do “amo” por fora e outra cor do “desafeto” no avesso. Com esse artifício entravam e saíam dos castelos à vontade, bastando virar o casaco ao avesso, ou vice-versa.
Carlos Manuel III (1701 – 1773), duque de Savóia e rei da Sardenha, é um exemplo de vira-casaca famoso. O rei empenhou-se em ampliar e consolidar seu território através de alianças ora com a França, ora com a Áustria e até mesmo com a Inglaterra. Sempre ameaçado, ora pela Espanha, ora pela França, usava as cores nacionais de uma dessas nações, de acordo com a aliança do momento. Vestia as cores de um dos reinos de acordo com as circunstâncias. Ficou 43 anos no poder, de tanto mudar a casaca.
Daí o vocábulo vira-casaca, usado para denominar a pessoa que muda frequentemente de opinião, de partido político ou de idéias, visando atender a seus interesses particulares.
A expressão “virar a casaca”, hoje em dia, é muito usada quando algum cidadão esquece a antiga paixão por um time de futebol e começa a torcer por outro.
Vira a casaca quem defende opiniões que antes condenava.
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