quinta-feira, 29 de abril de 2010

De onde vem? - Arranca-rabo


Arranca-rabo

Todo mundo sabe que o tal "arranca rabo" é sinônimo de escândalo, briga e confusão que, de preferência, envolvam muitas pessoas.
Como em outros casos, essa expressão idiomática foi trazida pelos colonizadores que aportaram em terras brasileiras. Entretanto, os nossos irmãos lusitanos herdaram o termo por conta de uma antiga tradição criada pela civilização egípcia. Durante suas conquistas militares, os guerreiros egípcios tinham o costume de arrancar a cauda dos cavalos inimigos. Por meio desse gesto, eram prestigiados ao atestar o número de oponentes que venceram no campo de batalha.
O primeiro registro conhecido desse hábito vem do Antigo Egito. Um oficial do exército do faraó Tutmés III, que viveu de 1504 a 1450 antes de Cristo, vangloria-se, em seus escritos, de ter decepado a cauda do cavalo do rei adversário, diz o lingüista e escritor Deonísio da Silva, professor do curso de Letras da Universidade Federal de São Carlos, SP, e autor do livro De Onde Vêm as Palavras.
No decorrer dos séculos, esse hábito se transformou em uma espécie de tradição militar presente em diferentes culturas da Europa, incluindo a lusitana. No Brasil, o costume de arrancar o rabo foi registrado entre os cangaceiros nordestinos. Toda vez que invadiam a propriedade de um fazendeiro, essas peculiares figuras da República Velha arrancavam o rabo de alguns animais da propriedade. Nesse caso, a ação funcionava como um tipo de humilhação pública simbolizada pelas reses que perderam a cauda. . O romancista José Lins do Rego refere-se a este costume em seus livros Fogo Morto e Meus Verdes Anos, afirma Deonísio.
(Fontes : http://super.abril.com.br e Rainer Sousa - Equipe Brasil Escola)

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