Juju (Clara) e Tonico (João Paulo)
O pai dos meus netos
Minha filha carrega até hoje, em suas inúmeras bolsinhas, um molho de chaves velhas e sem uso. Diz que são as chaves de sua casa em Betim (cidade perto daqui onde mora sua babá). Já faz uns quatro ou cinco anos que isso acontece. É lá, nessa sua casa, onde sua imaginação corre solta e os sonhos ganham forma.
A história começou com sua fantasia de ter sua própria família. Ela tinha dois filhos: Clara e João Paulo. A idade de suas crianças variava de acordo com a brincadeira que queria fazer. Se queria brincar de mãezinha, eles eram recém-nascidos que ela amamentava e ninava para que adormecessem. Se a brincadeira era de escolinha, num piscar de olhos, eles estavam na idade escolar. Então, eram repreendidos para que fizessem com capricho a tarefa do Para Casa. Tal e qual eu cobrava dela. Para personificar seus filhos, usava sempre duas de suas bonecas - Juju e Tonico - que nessa hora se transformavam em Clara e João Paulo.
Um dia perguntei:
- E quem é o pai de seus filhos?
Ela mais que depressa respondeu:
- A senhora não sabe? É o Roberto “Claros”.
- Roberto “Claros”? Quem é esse? perguntei rindo.
E ela veio logo explicando:
- Ele está viajando, mas é aquele que canta assim: “Quero beijos e abraços demorados”.
Durante um bom tempo, quando ela via o Roberto Carlos, na televisão, falava:
- Meu Deus! Já tá viajando de novo!
Publiquei essa também Nídia! Você já pode se considerar escritora! Abraço! Carlos Romero.
ResponderExcluirCONCORDO com você, Clara!!!
Excluir