Biografia
Sonho, mas não
parece.
Nem quero
que pareça.
É por dentro
que eu gosto que aconteça
A minha
vida.
Íntima,
funda, como um sentimento
De que se
tem pudor.
Vulcão de
exterior
Tão apagado,
Que um
pastor
Possa sobre
ele apascentar o gado.
Mas os
versos, depois,
Frutos do
sonho e dessa mesma vida,
É quase à
queima-roupa que os atiro
Contra a
serenidade de quem passa.
Então, já não
sou eu que testemunho
A graça
Da poesia:
É ela,
prisioneira,
Que, vendo a
porta da prisão aberta,
Como chispa
que salta da fogueira,
Numa
agressiva fúria se liberta.
(Miguel Torga)
Que lindo e profundo. Adoro a poesia de Miguel Torga.
ResponderExcluirAcredito que cada poeta tenha um pouco desta sua alma interiorizada e deste vulcão exteriorizado que a poesia liberta.
Maravilhoso.
bjs.
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ExcluirOie!
ResponderExcluirMuito legal seu blog!Parabens!^^
Gostaria de te convidar pra participar de um forum sobre arte em papel!^^
http://artempapel.forumeiros.com/forum
obrigada!
Que bom que gostou do blog, Lyanyh. Vou aparecer lá no forum. Apareça sempre por aqui também. Será sempre um prazer. Abraços.
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