Freira é expulsa de convento por ter mais de 600 amigos no Facebook
Há dez anos, o convento Santo Domingo el Real, em Toledo, na Espanha, comprou um computador e instalou-o em suas dependências, de modo que as irmãs poupassem tempo acessando on-line suas contas bancárias. Só que uma das religiosas tomou gosto pela coisa e passou dos limites, o que levou ao seu desligamento do convento.
Uma das mais entusiásticas freiras a adotar a informática no convento foi a irmã Maria Jesús Galán, atualmente com 54 anos. Tanto se encantou com a ferramenta que tomou para si a tarefa de digitar sozinha o arquivo dominicano do convento, o que lhe rendeu um prêmio do governo local conferido a iniciativas digitais notáveis.
E, com isso, veio a fama. Só que, infelizmente, a religiosa nerd não soube a hora de parar e, assim que sua página pessoal no Facebook atingiu a marca dos 600 "amigos", o convento deu-lhe um basta.
Suas colegas de monastério, que a chamavam de "Irmã Internet", teriam afirmado que a atividade de irmã Maria no Facebook "tornava a vida impossível". Solicitada a deixar o convento, a irmã Maria passou a viver com sua mãe, após 35 anos de serviço à Ordem.
A Ordem Dominicana recusou-se a comentar sobre a saída de irmã Maria. Sua página no Facebook, porém, está repleta de mensagens de simpatia. Alguns comentaristas disseram que ela agora conquistou sua liberdade e pode, por exemplo, viajar pelo mundo. Muitos declaram-se tristes por ter a freira sido vítima de tal injustiça.
- Quero abrir um novo capítulo em minha vida - disse a irmã ao site " Daily Telegraph ". - Agora quero conhecer Londres e Nova York, pois, no monastério, não podia sequer sonhar com viagens assim.
Segundo o "Cnet", o perfil da irmã no Facebook continua ativo e o link é este: https://www.facebook.com/sorinternet .
A decisão dos responsáveis pelo convento talvez não tivesse sido tão drástica se o caso da irmã tivesse sido o primeiro. Mas não foi.
Em 2010, um padre da mesma paróquia, de 27 anos, foi afastado por motivo um pouco mais grave. Ele usou a internet para anunciar seus serviços como prostituto, postando fotos suas de cuecas cinzas e informando que, por 120 euros por hora, estava disponível para sessões de sexo com mulheres e casais.
O referido padre, cujo nome é Samuel Martín Martín, gastou, na ocasião, cerca de 17 mil euros dos cofres da paróquia para bancar seu vício em internet e pornografia.
(Fonte: Carlos Alberto Teixeira - O Globo em 22/02/2011)
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