Se eu fosse um padre
Se eu fosse um padre, eu, nos meus sermões,
não falaria em Deus nem no Pecado
— muito menos no Anjo Rebelado
e os encantos das suas seduções,
não citaria santos e profetas:
nada das suas celestiais promessas
ou das suas terríveis maldições...
Se eu fosse um padre eu citaria os poetas,
Rezaria seus versos, os mais belos,
desses que desde a infância me embalaram
e quem me dera que alguns fossem meus!
Porque a poesia purifica a alma
...e um belo poema — ainda que de Deus se aparte —
um belo poema sempre leva a Deus!
Se eu fosse um padre, eu, nos meus sermões,
não falaria em Deus nem no Pecado
— muito menos no Anjo Rebelado
e os encantos das suas seduções,
não citaria santos e profetas:
nada das suas celestiais promessas
ou das suas terríveis maldições...
Se eu fosse um padre eu citaria os poetas,
Rezaria seus versos, os mais belos,
desses que desde a infância me embalaram
e quem me dera que alguns fossem meus!
Porque a poesia purifica a alma
...e um belo poema — ainda que de Deus se aparte —
um belo poema sempre leva a Deus!
Mario Miranda Quintana nasceu em Alegrete, em 30 de julho de 1906. Tem na simplicidade um método e isso faz com que viva despreocupado com a crítica, faz poesia porque "sente necessidade", segundo suas próprias palavras. Apresenta uma desconcertante capacidade de síntese, elemento poético com que surpreende seus leitores. Foi também jornalista, ingressando em 1928 no jornal O Estado do Rio Grande.
Após ter participado da Revolução de 1930, mudou-se para o Rio de Janeiro, retornando em 1936 para em Porto Alegre e indo trabalhar na Livraria do Globo, onde ficou sob a direção de Érico Veríssimo. Traduziu entre outros Charles Morgan, Proust, Voltaire, Virginia Woolf e Maupassant.
Em sua poesia há um permanente toque de pessimismo e muito de ternura por o mundo lhe é adverso. Morre no dia 5 de maio de 1994.
Após ter participado da Revolução de 1930, mudou-se para o Rio de Janeiro, retornando em 1936 para em Porto Alegre e indo trabalhar na Livraria do Globo, onde ficou sob a direção de Érico Veríssimo. Traduziu entre outros Charles Morgan, Proust, Voltaire, Virginia Woolf e Maupassant.
Em sua poesia há um permanente toque de pessimismo e muito de ternura por o mundo lhe é adverso. Morre no dia 5 de maio de 1994.
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