Rota
de Colisão
De
quem é esta pele
que
cobre a minha mão
como
uma luva?
Que
vento é este
que
sopra sem soprar
encrespando
a sensível superfície?
Por
fora a alheia casca
dentro
a polpa
e
a distância entre as duas
que
me atropela.
Pensei
entrar na velhice
por
inteiro
como
um barco
ou
um cavalo.
Mas
me surpreendo
jovem
velha e madura
ao
mesmo tempo.
E
ainda aprendo a viver
enquanto
avanço
na
rota em cujo fim
a
vida
colide
com a morte.
(Marina
Colasanti)
A Marina é uma doçura de pessoa.
ResponderExcluirTive a sorte de conhecê-la pessoalmente em SP.
Delícia lê-la!
Ótimo post Nídia!
Gostaria de conhecê-la. É assim mesmo que a imagino: doce como seus textos.
ExcluirAbraços.