O Lado Fatal
Outro dia comprei o livro O Lado Fatal de Lya Luft. Li-o todo, num fôlego só, em poucas horas, mas O lado Fatal é livro para vida toda. É para ser redescoberto, novo, a cada leitura. Estou lendo-o novamente. Agora com calma, quando vem a vontade, leio um poema. Não marco a página onde parei. Abro e sinto o que leio.
O livro foi lançado em 1988, no mesmo ano da morte de Hélio Pellegrino, seu amor e companheiro. A obra foi retirada de circulação a pedidos da própria autora depois de receber várias edições. Agora, 23 anos após, Lya resolveu acatar aos pedidos dos leitores e o livro volta pela Editora Record, com algumas revisões.
São 40 poemas dedicados ao psicanalista Pellegrino que a escritora perdeu para um enfarto fulminante. Escrevê-los foi a forma que Lya encontrou para conviver com a dor da perda. Através deles ela conseguiu perpetuar a vida conjunta bruscamente interrompida.
Hoje, li na página 91 este trecho:
“Tu, que tanto me ensinaste
de mim a mim mesma, e do mundo
a quem o conhecia pouco:
quando se desfizer a noite desta perda,
quero enxergar pelos teus olhos,
e amar através do teu amor
as coisas que me restaram.”
Não é imperdível?
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