terça-feira, 29 de outubro de 2013
sexta-feira, 25 de outubro de 2013
Ninguém vive sem um pouco de poesia... - Miguel Torga
Biografia
Sonho, mas não
parece.
Nem quero
que pareça.
É por dentro
que eu gosto que aconteça
A minha
vida.
Íntima,
funda, como um sentimento
De que se
tem pudor.
Vulcão de
exterior
Tão apagado,
Que um
pastor
Possa sobre
ele apascentar o gado.
Mas os
versos, depois,
Frutos do
sonho e dessa mesma vida,
É quase à
queima-roupa que os atiro
Contra a
serenidade de quem passa.
Então, já não
sou eu que testemunho
A graça
Da poesia:
É ela,
prisioneira,
Que, vendo a
porta da prisão aberta,
Como chispa
que salta da fogueira,
Numa
agressiva fúria se liberta.
(Miguel Torga)
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Miguel Torga,
Ninguém vive sem um pouco de poesia...
Santa Rita é notícia - FETIN
Vai até sábado a 32a. Fetin. Veja que trabalhos interessantes.
http://globotv.globo.com/rede-globo/bom-dia-minas/v/invencoes-sao-apresentadas-em-feira-na-cidade-de-santa-rita-do-sapucai/2911889/
http://globotv.globo.com/rede-globo/bom-dia-minas/v/invencoes-sao-apresentadas-em-feira-na-cidade-de-santa-rita-do-sapucai/2911889/
quarta-feira, 23 de outubro de 2013
Ninguém vive sem um pouco de poesia... - Miguel Torga
Confidencial
Não me
perguntes, porque nada sei
Da vida,
Nem do amor,
Nem de Deus,
Nem da
morte.
Vivo,
Amo,
Acredito sem
crer,
E morro,
antecipadamente
Ressuscitando.
O resto são
palavras
Que decorei
De tanto as
ouvir.
E a palavra
É o orgulho
do silêncio envergonhado.
Num tempo de
ponteiros, agendado,
Sem nada
perguntar,
Vê, sem
tempo, o que vês
Acontecer.
E na minha
mudez
Aprende a
adivinhar
O que de mim
não possas entender.
(Miguel
Torga)
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Ninguém vive sem um pouco de poesia...
terça-feira, 22 de outubro de 2013
segunda-feira, 14 de outubro de 2013
Santa Rita é notícia - ProjETE na TV Libertas
Feira tecnológica reúne 200 projetos desenvolvidos por
estudantes de Santa Rita do Sapucaí
Cerca de 800 estudantes participaram da Feira de Projetos da
Escola Técnica e Eletrônica de Santa Rita do Sapucaí. O evento que acontece
desde 1981 no Vale na Eletrônica é uma oportunidade para incentivar o
empreendedorismo e a inovação.
sexta-feira, 11 de outubro de 2013
Persona - Cartola
Angenor de Oliveira (Cartola) – Rio de Janeiro, 11 de
Outubro de 1908 – Rio de Janeiro, 30 de Novembro de 1980
quinta-feira, 10 de outubro de 2013
Santa Rita é notícia - Projetos Futuristas
Projetos Futuristas
Conheça invenções inusitadas criadas por estudantes de Santa
Rita do Sapucaí, cidade polo em tecnologia; novidades incluem copo que controla
quantidade de bebida ingerida e cadeira que corrige postura
Veja aqui a galeria com algumas das 200 invenções
criadas pela escola técnica de Santa Rita do Sapucaí que poderão se transformar
em projetos promissores do "Vale da Eletrônica" mineiro.
Imagine que
uma pessoa seja acometida pelo Mal de Alzheimer. Seu primeiro desafio seria
lembrar que precisa tomar uma medicação. Em seguida, teria que saber o horário,
a dose e qual medicamento tomar. Uma missão um tanto difícil para quem sofre
com a perda de memória, não?
Criar uma invenção que resolva o problema desses pacientes e auxilie pessoas
com outras enfermidades a tomarem seus remédios corretamente é a missão de um
dos grupos formados por alunos que deverão se apresentar na ProjETE 2013, a 33ª
edição da Feira de Projetos Futuristas, que ocorre de 3 a 5 de outubro, durante
a Semana da Eletrônica da Escola Técnica de Eletrônica Francisco Moreira da
Costa (ETE FMC).
Referência
em educação por abrigar a primeira escola de eletrônica de nível médio da
América Latina e a sétima no mundo, a ETE FMC atrai estudantes de todo o país.
Por isso, a região de Santa Rita do Sapucaí, no interior de Minas Gerais, ficou
conhecida como o “Vale da Eletrônica”, em referência ao "Vale do
Silício" na Califórnia (EUA), de onde muitos produtos e sistemas
tecnológicos inovadores são lançados para o mercado nacional e internacional.
O evento
reúne cerca de 200 invenções e projetos das áreas de automação, eletrônica,
biomédica e telecomunicações voltados para aplicação em saúde, informática,
inclusão, resgate, aeronáutica, trânsito, sustentabilidade, prevenção de
acidentes e esportes. Com foco principal em inovação e criatividade, as
invenções foram desenvolvidas por alunos do Ensino Médio e Técnico, entre 15 e
17 anos, e do curso Técnico Noturno.
Vale
destacar ainda que a ETE FMC possui muitos alunos considerados nativos
digitais, da chamada “Geração Z”: jovens nascidos a partir do final da década
de 90, que cresceram em contato direto com a internet, a velocidade da
informação, as novas tecnologias e o universo digital no geral. “Pelo fato
desses jovens estarem habituados a essas tecnologias e começarem a criar
invenções, antes mesmo de se tornarem adultos, eles passam a ser o nosso foco,
já que somos uma escola de nível técnico, apropriada para essa faixa etária.
Nosso objetivo é possibilitar que um adolescente transforme, também, seus
passatempos em uma carreira bem-sucedida”, explica o professor Alexandre Loures
Barbosa, diretor geral da escola.
(Fonte: Guilherme
Ávila – O Tempo em 05/10/2013)
quarta-feira, 9 de outubro de 2013
segunda-feira, 7 de outubro de 2013
domingo, 6 de outubro de 2013
Gostei... - O quintal onde ele jaz
O quintal onde ele jaz
Aquele menino tinha tesouros que valiam mais que
ouro.
Mais que prata.
E do que queijo e requeijão.
Ele tinha um embornal com bolinhas de gude, um pião de madeira e um álbum de figurinhas do Grande Circo Mexicano.
Tinha cadernos da escola, um livro de tabuada e uma caixa de lápis de cor.
Ele tinha um cãozinho que fazia companhia e lhe lambia as mãos.
E tinha uma andorinha fazendo ninho na cumeeira da varanda, um canarinho cantando ao longe e um um girassol que sorria.
Ele tinha um coreto de igreja e uma igreja, com torre e sino.
Tinha um pátio embandeirado e uma fogueira de São João.
Tinha dez padre-nossos e quinze ave-marias.
Tinha um catecismo.
Um terço e um sermão do padre João.
Levava um santinho no bolso da camisa e um anjo da guarda, no coração.
Mais que prata.
E do que queijo e requeijão.
Ele tinha um embornal com bolinhas de gude, um pião de madeira e um álbum de figurinhas do Grande Circo Mexicano.
Tinha cadernos da escola, um livro de tabuada e uma caixa de lápis de cor.
Ele tinha um cãozinho que fazia companhia e lhe lambia as mãos.
E tinha uma andorinha fazendo ninho na cumeeira da varanda, um canarinho cantando ao longe e um um girassol que sorria.
Ele tinha um coreto de igreja e uma igreja, com torre e sino.
Tinha um pátio embandeirado e uma fogueira de São João.
Tinha dez padre-nossos e quinze ave-marias.
Tinha um catecismo.
Um terço e um sermão do padre João.
Levava um santinho no bolso da camisa e um anjo da guarda, no coração.
Tinha uma solidão domingueira e uma febre de gripe.
Tinha um rosário de lombrigas e um medo de morrer.
Tinha cachumba, catapora e uma tatuagem no braço, como prova da vacinação.
Tinha um redemunho que levantava a poeira da rua e onde vivia o cramunhão.
Tinha também um oratório, a morada de Deus.
E tinha Deus.
Tinha um rosário de lombrigas e um medo de morrer.
Tinha cachumba, catapora e uma tatuagem no braço, como prova da vacinação.
Tinha um redemunho que levantava a poeira da rua e onde vivia o cramunhão.
Tinha também um oratório, a morada de Deus.
E tinha Deus.
Aquele menino tinha um terreiro, que era um
latifúndio do tamanho do mundo.
E um varal pendurando as roupas que à noite se transformavam em fantasmas e lhe afugentavam o sono, trazendo as pisadeiras.
O menino tinha um vento com voz de Caruso que varria seus telhados.
E uma chuva nervosa fazendo algazarra no milharal.
Ele tinha uma janela pro rio.
Tinha um rio.
Um relâmpago e um trovão.
Tinha um amigo imaginário e um outro, filho da vizinha.
E um varal pendurando as roupas que à noite se transformavam em fantasmas e lhe afugentavam o sono, trazendo as pisadeiras.
O menino tinha um vento com voz de Caruso que varria seus telhados.
E uma chuva nervosa fazendo algazarra no milharal.
Ele tinha uma janela pro rio.
Tinha um rio.
Um relâmpago e um trovão.
Tinha um amigo imaginário e um outro, filho da vizinha.
Tinha calções sujos de terra e um exército de
formigas.
Um rebanho de boizinhos de melão de São Caetano e um canavial de capim.
Tinha vulcões de formigueiro, pequenos vesúvios que jamais entraram em erupção.
E ossos de galinha enterrados na terra, material de arqueologia vã.
Aquele menino tinha dinossauros fantasiados de lagartixas e calangos que sabiam dizer sim.
E outras criaturas pré-históricas, como o louva-a-Deus que molhava a bunda na água, besouros encouraçados e verdes esperanças.
Um rebanho de boizinhos de melão de São Caetano e um canavial de capim.
Tinha vulcões de formigueiro, pequenos vesúvios que jamais entraram em erupção.
E ossos de galinha enterrados na terra, material de arqueologia vã.
Aquele menino tinha dinossauros fantasiados de lagartixas e calangos que sabiam dizer sim.
E outras criaturas pré-históricas, como o louva-a-Deus que molhava a bunda na água, besouros encouraçados e verdes esperanças.
Aquele menino tinha uma orquestra de cigarras à hora
da Ave-Maria.
E tinha Maria, uma irmã.
E tinha Maria, uma irmã.
No quintal daquela casa ele escreveu seus primeiros
evangelhos, pensou nano-pecados, cometeu insignificantes heresias.
Foi lá, no número 149 da Rua Topázio, que ele enterrou a infância, alguns sonhos de algibeira e todas as certezas.
Ele tinha um quintal e o quintal é o lugar onde todo menino jaz
O quintal da casa, meus amigos, é o cemitério da inocência.
Foi lá, no número 149 da Rua Topázio, que ele enterrou a infância, alguns sonhos de algibeira e todas as certezas.
Ele tinha um quintal e o quintal é o lugar onde todo menino jaz
O quintal da casa, meus amigos, é o cemitério da inocência.
Fonte: Texto do jornalista e escritor mineiro
Roberto Lima que se define assim: Nasci em Pedra Corrida, Minas Gerais. Nasci
em casa, sob a luz de uma lamparina. Meu pai, soldado da polícia militar
mineira... minha mãe, dona de casa... Sou o terceiro a nascer de seu ventre...
e o do meio, entre os que sobreviveram. Gosto de futebol e de pão com linguiça.
Minas Gerais está no meu começo e guardará o meu fim (à sombra de uma mangueira
em flor)... Sou um cidadão comum... Pago impostos... Sofro de bronquite
alérgica... Cozinho para não enlouquecer... Escrevo crônicas para merecer meu
pão... Sou raso em tudo o que faço. Profundo em tudo o que sinto. Não sei o que
seria de mim se fosse o contrário disto... Acredito na força do amor e da
amizade... Diletante da palavra, sou cria das ruas e de uma solidão povoada de
pessoas... Choro em filmes que me emocionam e em livros que me tocam... Posso
ser divertido... Posso ser o fim do mundo... Meus olhos falam quase tudo o que
minha boca cala. A cor que me encanta é a azul. Sou editor do Jornal Brazilian
Voice, em Newark-NJ.
Você pode ler mais crônicas sublimes do escritor no blog Primeira Pessoa.
Você pode ler mais crônicas sublimes do escritor no blog Primeira Pessoa.
sexta-feira, 4 de outubro de 2013
Ninguém vive sem um pouco de poesia... - Roseana Murray
Casa
Retiro o
lastro da casa,
suas raízes na terra,
corto as amarras, as cordas,
tudo o que pesa se esvai.
suas raízes na terra,
corto as amarras, as cordas,
tudo o que pesa se esvai.
Deixo que a tarde
com seu ar azul,
inunde a casa de luz,
retiro dos quatro cantos
a dor acumulada,
as flores mortas
e então, livre de todo o peso,
o relógio bate apenas
as horas de alegria
e em volta da mesa
todos os que partiram,
os que ficaram,
entrelaçam as mãos.
com seu ar azul,
inunde a casa de luz,
retiro dos quatro cantos
a dor acumulada,
as flores mortas
e então, livre de todo o peso,
o relógio bate apenas
as horas de alegria
e em volta da mesa
todos os que partiram,
os que ficaram,
entrelaçam as mãos.
A casa voa.
(Roseana Murray)
(Roseana Murray)
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Ninguém vive sem um pouco de poesia...,
Roseana Murray
Santa Rita é notícia - ProjETE na CBN
quinta-feira, 3 de outubro de 2013
Dica de diversão - ProjETE 2013
Ninguém vive sem um pouco de poesia - Cecília Meireles
Cântico XXIII
Não faça de
ti um sonho a realizar,
Vai!
Sem caminho marcado
Tu és de todos os caminhos.
Sê apenas uma presença.
Invisível presença silenciosa.
Todas as coisas esperam a luz, sem dizerem que a esperam.
Sem saberem que existe.
Todas as coisas esperarão por ti, sem te falarem.
Sem lhes falares.
(Cecília Meireles)
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Ninguém vive sem um pouco de poesia...
quarta-feira, 2 de outubro de 2013
Persona - Gandhi
Mohandas
Karamchand Gandhi (Mahatma Gandhi) (Porbandar, 2 de Outubro de 1869 –
Nova Déli, 30 de Janeiro de 1948
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