Somos, os mineiros, de índole pacífica, de rosto salgado pelo suor, de pele encardida de sol e marcada das rugas do brio, com a mesa posta e o aposento limpo, a fim de receber os que chegarem com a paz nos olhos. Mas somos, quando necessário, ferozes defensores de nossa fé e da incolumidade de nossa casa familiar, erguida em três séculos de áspera e gloriosa história.
Não nos constrange o amor que temos para com a nossa terra, nem sempre suave, castigada em trechos de caatingas, carrascais, serras lúgubres e brejos sombrios, mas é nossa. O destino nos trouxe, em nossos pais e avós, para ocupá-la, abrir seus veios, sulcá-la em eiras, plantar, colher e dela viver. Mas, assim como lavrá-la nos trouxe a alegria e o sustento da prosperidade, a comunhão nos esforços e na resistência contra os opressores nos deu a safra de caráter, de dignidade e de esperança. As gerações passam, mas o sentimento de Minas se transmite, de coração a coração, de inteligência a inteligência.
(Trecho do discurso de posse do governador Antonio Anastasia)
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