Crescimento
surpreende no Vale da Eletrônica
Faturamento
deve subir 23% em 2012.
A
substituição de componentes eletrônicos importados por similares nacionais
deverá garantir um crescimento acima das expectativas para as empresas do Vale
da Eletrônica em Santa Rita do Sapucaí, no Sul de Minas. As projeções são de
incremento de 23% no faturamento na comparação com o ano passado, de acordo com
o presidente Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e
Similares do Vale da Eletrônica (Sindvel), Roberto de Souza Pinto.
No início deste ano, as projeções da entidade apontavam para a manutenção no
ritmo de crescimento verificado em 2011, quando as empresas instaladas na
região registraram aumento de 13% no faturamento em relação ao ano anterior.
Entre os fatores que estão impulsionando os negócios das empresas do Vale da
Eletrônica está a valorização do dólar frente ao real. O presidente da entidade
explica que a alta cambial inibe as compras externas dos produtos eletrônicos,
além de gerar receio por parte de importadores em formar estoques para atender
à demanda interna. Isto se dá em função do risco de prejuízo com o produto
estocado diante de uma provável queda na cotação da moeda norte-americana.
Dessa forma, com baixo volume de componentes importados no estoque, alguns
importadores não estão atendendo aos pedidos das indústrias que acabam por
optar pelos produtos fabricados no Vale da Eletrônica. De acordo com Souza
Pinto, a tendência é a continuidade desta substituição, pois há também a
conscientização que os produtos nacionais são seguros e a produção interna pode
atender à demanda.
Segundo o dirigente, é verificado um aumento na qualidade dos produtos
fabricados no Sul de Minas. Com a maior demanda, as empresas estão buscando a
homologação de seus componentes nos órgãos competentes.
Empregos - Sem revelar números, Souza Pinto afirma que também há um crescimento significativo na contratação de trabalhadores por parte das empresas do Vale da Eletrônica. Ele lembra que o aumento é registrado mesmo em meio ao cenário adverso na economia internacional.
O Vale da Eletrônica deverá se tornar nos próximos anos também em um fornecedor
da indústria bélica nacional. De acordo com o presidente do Sindivel, as
empresas estão se preparando para atuar no segmento. "Entre 15 meses e 24
meses vamos nos tornar potenciais fornecedores das Forças Armadas", prevê.
Em março deste ano, representantes do Ministério da Defesa, a convite da
Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), estiveram no
município para prospectar novos fornecedores. Em função do processo de
reestruturação, fortalecimento e expansão do sistema de defesa nacional, que
envolve uma série de medidas governamentais, como, por exemplo, o plano Brasil
Maior, lançado no ano passado, que concede benefícios à indústria de defesa,
oportunidades devem ser criadas.
Entre os componentes produzidos no Vale da Eletrônica e que podem ser
utilizadas pela Forças Armadas estão sensores e sistemas de segurança. Um
exemplo, é um sistema de guiamento a laser que é desenvolvido por um
empresa de Santa Rita do Sapucaí.
Conforme já publicado, no ano passado, o faturamento do Vale da Eletrônica
chegou a R$ 1,7 bilhão. O resultado superou em 13% o do ano anterior, que havia
sido de R$ 1,5 bilhão.
(Rafael
Tomaz – Diário do Comércio em 05/10/2012)
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