Retrato
(para
Drummond)
O sorriso
escasso,
o
riso-sorriso,
a risada
nunca.
(Como quem
consigo
traz o
sentimento
do madrasto
mundo.)
Com os
braços colados
ao longo do
corpo,
vai pela
cidade
grande e
cafajeste,
com o mesmo
ar esquivo
que escolheu
nascendo
na esquiva
Itabira.
Aprendeu com
ela
os olhos
metálicos
com que vê
as coisas:
sem ódio,
sem ênfase,
às vezes com
náuseas.
Ferro de
Itabira,
em cujos
recessos
um vedor, um
dia,
um vedor - o
neto -
descobriu
infante
as fundas
nascentes,
o veio, o
remanso
da escusa
ternura.
(Manuel
Bandeira)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Adorei receber sua visita!
Ler seu comentário, é ainda melhor!!!
Responderei sempre por aqui.