As paredes têm ouvidos
A expressão “As paredes têm ouvidos” é comumente usada como advertência para que se fale mais baixo, para não se ser ouvido em outras dependências. É uma espécie de alerta para os perigos de sermos escutados sem saber. Muitas pessoas aprendem tarde demais que assuntos importantes não devem ser conversados em elevadores, nos taxis, no banheiro ou em aviões.
Segundo Adriana Lui, em Aventuras na Historia, a expressão existe da mesma forma em outras línguas, como francês, chinês e alemão. Ela acrescenta que a origem da expressão remonta a um antigo provérbio persa que dizia: “As paredes têm ratos, e ratos têm ouvidos”.
Mas a versão mais usada remonta ao século XVI. Catarina de Médici, rainha de França por casamento com Henrique II, ficou na história como mulher astuciosa e sedenta de poder. Num período de grande intriga política e religiosa, Catarina é dada como responsável moral pela matança conhecida como o Massacre da Noite de São Bartolomeu, em 24 de agosto de 1572, um episódio sangrento na repressão aos protestantes pelos s reis franceses, que eram católicos.
Conta a história que Catarina de Médici se servia de todas as artimanhas, para se manter no poder. Para poder escutar melhor as pessoas de quem mais suspeitava, mandou fazer uma rede de tubos acústicos secretos nas salas do palácio real, o Louvre, disfarçados entre as molduras em paredes e tetos, o que lhe permitia escutar o que se dizia nos locais mais afastados e, assim conhecer os segredos de Estado de ministros e cortesãos.
Por isso, quando for ao Louvre, tenha sempre cuidado com o que diz!
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