quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Minas são muitas - Visconde do Rio Branco

“Minas são muitas. Porém, poucos são aqueles que conhecem as mil faces das Gerais.” (Guimarães Rosa)

Visconde do Rio Branco

Igreja Matriz de São João Batista (Foto do Miguel)

Região: Zona da Mata
Padroeiro: São João Batista
Festa do Padroeiro: 24 de Junho

Localização


História

Os primeiros habitantes do território riobranquense foram os indígenas Croatos, Cropós e Puris, procedentes do litoral fluminense, das baixadas dos Campos dos Goitacazes, onde recebiam a denominação de Goitacás.
Esses índios, após a confederação dos Tamoios, nos fins do século XVIII se viram pressionados por tribos inimigas e obrigados a deixar suas aldeias primitivas e partirem em busca de novas terras, ricas em caça, pesca e frutas, distante de selvagens agressivos. O caminho mais fácil e acessível para a fuga foi o curso a margem do Rio Paraíba do Sul e seus afluentes, os rios Pomba e Muriaé. Em seguidas migrações, subiram por esses rios vindos atingir as margens superiores dos rios Xopotó e Bagres, onde passaram a habitar, dando, assim, origem ao aparecimento de localidade, que paralela ou sucessivamente, foi denominada Xopotó dos Coroados, Aldeamento do Presídio, Aldeia do Presídio, Presídio, São João Batista do Presídio, Presídio, Visconde do Rio Branco, Rio Branco, Paranhos e, finalmente Visconde do Rio Branco.
O Município de Visconde do Rio Branco está situado na Zona da Mata, Região Sudeste do Estado de Minas Gerais. A Zona da Mata é considerada Zona silenciosa da historiografia Mineira. Seu desenvolvimento econômico e social só apareceu no século XIX. O liberalismo, o progresso que a máquina a vapor e a eletricidade trouxeram, assim como o estilo arquitetônico eclético e uma mentalidade nova caracterizam aquela época. A região não teve a influência dos Bandeirantes em sua formação. Por não se encontrarem aqui riquezas em ouro e pedras preciosas, o que era comum em outras regiões do Estado de Minas, é que a Zona da Mata teve seu processo de desenvolvimento retardado. A abertura da estrada nova para o Rio de Janeiro foi, sem dúvida, um importante marco para o progresso da Região, pois ela atravessa a Zona da Mata. Por ela saía toda a produção agrícola da região, principalmente o café, muito cultivado na Zona da Mata, no século passado. Por esse motivo, esta região tinha maior número de escravos a serviço das plantações de café. Daí começou, realmente, o progresso da Zona da Mata, com a abertura de fazendas e afluxo de pessoas para as plantações.
Visconde do Rio Branco faz parte da Zona da Mata, portanto sua história está, de certa forma, dentro deste contexto. Tem uma história bem mais recente em relação a outros lugares de Minas.
Remontando ao princípio do século XIX, veremos que a sua história ficou marcada com a instalação, em terras do Presídio de São João Batista, do Quartel de Guido Tomaz Marliére que foi o colonizador, o civilizador das Terras Presidienses e da Zona da Mata. Dessa obra participou Padre Manoel de Jesus Maria, que preparou para Marliére todos os caminhos através de seu trabalho catequético junto aos indígenas locais. Esta região, por ter grande concentração de índios, tornou-se o quartel de Guido Marliére, Diretor Geral dos Índios, cujo domínio ia do Vale do Rio Doce a Campos dos Goitacazes, no Estado do Rio de Janeiro.
Em 1881, se estabelece os foros de vila e Município para o Presídio, o qual tinha sob sua jurisdição os atuais Municípios de Visconde do Rio Branco, Guiricema, São Geraldo, Guidoval, Cataguases, Ubá, Paula Cândido, Muriaé, Miraí, Laranjal e Patrocínio do Muriaé.
Visconde do Rio Branco recebe este nome em 1882 por iniciativa do deputado José Pedro Xavier Veiga que, ao elevar a vila à categoria de cidade no dia 28 de setembro, homenageava José Maria da Silva Paranhos, o Visconde do Rio Branco, autor da Lei do Ventre Livre.
A Cana-de-Açúcar foi durante mais de cem anos, a cultura mais importante do Município. Entre 1822 e meados do século XX, a produção açucareira riobranquense passou a ter destaque estadual. Também o café teve sua época áurea no século passado, chegando mesmo a ser exportado para a Europa.
Na segunda metade do séc. XX, a fase de desenvolvimento foi interrompida devido a inúmeras crises culminando com o fechamento das usinas.

Datas Históricas

1810 – Criado o Distrito com a denominação de São João Batista do Presídio, subordinado ao município de Pomba.
1839 - Elevado à categoria de vila com a denominação de São João Batista do Presídio e desmembrado de Pomba.
1853 – É extinta a vila de São João Batista do Presídio, passando a vila á condição de distrito de município de Ubá.
1868 - Elevado novamente à categoria de vila com a denominação de Visconde de Rio Branco e desmembrado do município de Ubá.
1882 - Elevada à condição de cidade com a denominação de Rio Branco.
1943 – O município de Rio Branco volta a se chamar Visconde Rio Branco.

O município

Visconde do Rio Branco é um município do estado de Minas Gerais. Sua população, em 2010, era de 37.942 habitantes. Ocupa área de 243,35 Km2.
A economia local está baseada na agroindústria açucareiro, pecuária leiteira, suinocultura e avicultura.
Atualmente o município busca uma nova vocação, através de pequenas e médias indústrias. Além de fábricas de móveis, um grande número de confecções traz o desenvolvimento industrial da cidade.
A Cidade se orgulha de possuir um Conservatório Estadual de Música com 50 anos de existência, duas bandas de música: Filarmônica Rio Branco e Sociedade Musical 13 de maio, conhecidas em várias regiões de nosso estado.
Visconde do Rio Branco pode se orgulhar também de possuir uma área de preservação ambiental, a Serra da Piedade, de exuberante beleza natural, convite à prática do turismo, e de grande valor histórico.
(Fontes: IBGE, ALMG, http://www.viscondedoriobranco.mg.gov.br, http://www.ferias.tur.br, http://www.vrbhoje.com.br)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Adorei receber sua visita!
Ler seu comentário, é ainda melhor!!!
Responderei sempre por aqui.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...