O triste fim de um transmissor de alegrias
Em tempos áureos, o Flamengo tinha um time de fazer gosto (Zico, júnior, Carpeggiani, Adilio, Cantareli, Tita, Rondinelli, etc.). Eu gostava mais do Deus da Raça que do próprio Zico, ídolo oficial do Flamengo nessa época.
Em 1978, a televisão pegava muito mal em Santa Rita e só recebíamos sinais de canais paulistas. Eu, flamenguista doente, ouvia os jogos na Rádio Globo que também pegava muito mal durante o dia. Havia montado um kit de rádio na ETE e ficava andando pelo quarto com o aparelho no ombro, procurando o local onde o sinal fosse melhor. A antena esticada até seu ponto máximo com um chumaço de Bombril na ponta. Valia qualquer negócio para conseguir ouvir o Mengão.
Lembro-me que nessa final do Campeonato Carioca, quando o Rondinelli fez o gol, no finzinho do segundo tempo, num desvario rubro-negro joguei o rádio para o alto. Até o final da vida dele, – do rádio, por que o Rondinelli ainda está vivinho da silva na sua terra natal - ainda faltava um pedaço da sua caixa cinza: Doce lembrança da final do Campeonato Carioca de 1978.
Causa mortis: O pobre coitado morreu derretido depois de ter sido deixado, pela Andréa, sobre o fogão com um bolo assando no forno. Nunca mais foi capaz de gritar um gol do Flamengo como naquele dia 3 de dezembro de 1978.
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