Biblioteca em nuvem para leitura sem limites
Se para alguns leitores ler é como estar nas nuvens, a analogia vai ganhar sentido literal a partir do dia 1 de outubro com o projeto Nuvem de Livros, da editora Gol. Nesta segunda-feira, na Bienal do Livro, os diretores do empreendimento apresentaram a biblioteca em cloud, um acervo que reunirá mais de 3 mil obras literárias disponibilizadas para milhões de leitores brasileiros.
A ideia consiste em oferecer a clientes de empresas parceiras do projeto a possibilidade de assinar por um determinado período não apenas um, mas todos os livros da biblioteca virtual. As obras armazenadas na nuvem poderão ser visualizadas em várias plataformas, mas o download não estará disponível. Empresas de telefonia, tecnologia, comunicação e outros setores fazem parte da parceria, entre elas o O GLOBO, cujo acervo também poderá ser acessado.
O escritor Antônio Torres, curador da Nuvem de Livros, explica que os leitores terão à disposição desde títulos clássicos até lançamentos.
— Todos poderão compartilhar patrimônios da Humanidade e literatura contemporânea. Da literatura brasileira, a nuvem terá autores como Machado de Assis, Euclides da Cunha e Guimarães Rosa. Além dos livros em português, teremos também títulos em espanhol e em inglês. Todo tipo de leitura que você possa imaginar estará disponível. Nós dizemos que para este projeto nem o céu é o limite — disse Torres.
O presidente do grupo Gol, Jonas Suassuna, afirma que o projeto surgiu depois de três anos de estudo e tem como objetivo principal a democratização da leitura. O acesso à biblioteca poderá ser semanal, ao custo de R$ 0,99 ou mensal, a R$ 4.
— Trata-se de uma plataforma extremamente democrática. As pessoas querem isso: informação, conteúdo. Assim que ela for lançada, 82 milhões de brasileiros terão contato com milhares de livros no mundo digital. A Nuvem de Livros também terá espaços exclusivos para professores e alunos, que poderão consultar aulas, cartilhas, vídeos, diversos materiais multimídia para usar em sala de aula.
Os estudantes também terão acesso a aulas de reforço, cursos de idiomas, excursões virtuais a museus e bibliotecas temáticas. O projeto chega para suprir a falta de bibliotecas no país, que, de acordo com o grupo Gol, atinge mais de 65% das escolas brasileiras e cerca de 15 milhões de alunos.
Até o momento a Nuvem de Livros já conta com 26 editoras brasileiras e três de língua espanhola, mas, de acordo com Suassuna, durante a Bienal outras casas editoriais já demonstraram interesse em disponibilizar suas obras. Na apresentação, Jorge Carneiro, presidente do grupo Ediouro, um dos parceiros do negócio, salientou as proporções que o projeto pode atingir:
— Esse tipo de iniciativa pode fazer uma Bienal como essa ser muito maior daqui a 10 anos, porque nós teremos muito mais editores envolvidos.
(Fonte: http://oglobo.globo.com/blogs/prosa/)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Adorei receber sua visita!
Ler seu comentário, é ainda melhor!!!
Responderei sempre por aqui.