Quando menina, de vez em quando ganhava, do pai ou da bisavó ou da madrinha, uma nota de 5 cruzeiros, como essa aí de cima, com o Barão do Rio Branco bem bigodudo. Mais que depressa dava um jeito de usá-la para saciar algum desejo reprimido.
Na esquina da Avenida João de Camargo com Rua Coronel Erasmo Cabral (onde hoje é o Tonhão), havia uma casa de um rosa antigo. Com cara de passado também era a venda do Sr. Elias Murad. Lá vendia um doce de banana que era um verdadeiro “manjar dos deuses”. Eu que nem sou lá muito de banana, adorava o doce. Tinha a forma de um retângulo de 5X8 centímetros, marronzinho, macio e um leve toque de canela misturado com o sabor da banana cozida com açúcar e, quando comido em pedacinhos (para economizar), derretia na boca. Custava 2 cruzeiros.
Eu ia lá e comprava um doce. Seu Elias pegava meu dinheiro e dizia com um sotaque diferente:
_ Três, cinco cruzeiros, enquanto colocava, em minha mão, duas notas (um Almirante Tamandaré e um Duque de Caxias) ou três Tamandarés.
Na esquina da Avenida João de Camargo com Rua Coronel Erasmo Cabral (onde hoje é o Tonhão), havia uma casa de um rosa antigo. Com cara de passado também era a venda do Sr. Elias Murad. Lá vendia um doce de banana que era um verdadeiro “manjar dos deuses”. Eu que nem sou lá muito de banana, adorava o doce. Tinha a forma de um retângulo de 5X8 centímetros, marronzinho, macio e um leve toque de canela misturado com o sabor da banana cozida com açúcar e, quando comido em pedacinhos (para economizar), derretia na boca. Custava 2 cruzeiros.
Eu ia lá e comprava um doce. Seu Elias pegava meu dinheiro e dizia com um sotaque diferente:
_ Três, cinco cruzeiros, enquanto colocava, em minha mão, duas notas (um Almirante Tamandaré e um Duque de Caxias) ou três Tamandarés.
Como ainda não era versada nessa coisa de economia prática, recebia o troco e saía toda feliz achando que tinha comprado o doce e ainda continuava com 5 cruzeiros, só que agora com mais cédulas. Como eu era inocente e tolinha.
Até hoje gosto de quem volta troco dessa forma, contando até chegar ao valor da nota dada em pagamento. Não dá idéia de que a gente não gastou nada?
Até hoje gosto de quem volta troco dessa forma, contando até chegar ao valor da nota dada em pagamento. Não dá idéia de que a gente não gastou nada?
Nossa que gostoso lembrar disso. Obrigada :o)
ResponderExcluirObrigado, gostei demais da sua história, me fez ter ótimas lembranças, mesmo não conhecendo esta venda.
ResponderExcluirSamir Murad (Neto do Sr Elias)
Oi Samir. Me lembro de você ainda menino quando ia comprar produtos de beleza de sua mãe. Volte sempre. Abraços.
ResponderExcluirNidia, hj procurando por algo na internet li seu deposimento, nossa estou ate emocionada pois assim como meu irmão você me fez lembrar de momentos que não voltam mais.
ResponderExcluirMuito Obrigada por relatar aqui com tanto carinho esta história.
Pauline Murad ( Neta do Sr. Elias)
Oi, Pauline. Há cheiros, sabores e cores que marcam nossa vida para sempre. Que bom que o doce da venda de seu avô tenha ficado para sempre na minha lembrança. Abraços.
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