Aprendi a ler com Os Três Porquinhos, um livro que a gente recebia a conta-gotas, página por página, o que me dava uma raiva danada. Achava aquilo uma judiação com as crianças. Queria ler a história toda de uma só vez. Na verdade, eu já sabia ler quando entrei no Grupo Escolar “Sanico Telles”, meu bisavô. A escola era novinha em folha e eu ficava danada da vida quando minhas irmãs (que estudavam na Escola Normal Oficial Sinhá Moreira - quer nome mais pomposo?) a chamavam de grupinho de lata. Era 1964 e foram feitos muitos iguais a ele pelo país. Era de lata por fora e de Eucatex por dentro. Um verdadeiro forninho de assar criança, mas como eu tinha orgulho dele.
A meninada nem dava conta de que era um tempo sombrio. Para nós o que importava era a merenda doada pela Aliança para o Progresso. Dona Francisca (que saudade) conseguia transformar o fubá, o trigo e outros ingredientes em sopas de sabores inesquecíveis. Minha merenda (de menina, filha de pai funcionário público com sete filhos) acompanhava o cardápio dela. As segundas, quartas e sextas – pão com manteiga para acompanhar a caneca de leite fumegante. Terças e quintas – pão com goiabada ou doce de leite feito em casa que era comido como sobremesa depois do prato de sopa.
Mas tomei gosto mesmo pela leitura quando foi adotado o livro “As mais belas histórias” de Lúcia Casasanta. Viajei muito por aquelas páginas, convivi com príncipes e princesas e principalmente me diverti a valer com as histórias e poemas engraçados (Menino Luxento, João Felpudo, João Jiló, etc.). Quem não fica com saudades?
A meninada nem dava conta de que era um tempo sombrio. Para nós o que importava era a merenda doada pela Aliança para o Progresso. Dona Francisca (que saudade) conseguia transformar o fubá, o trigo e outros ingredientes em sopas de sabores inesquecíveis. Minha merenda (de menina, filha de pai funcionário público com sete filhos) acompanhava o cardápio dela. As segundas, quartas e sextas – pão com manteiga para acompanhar a caneca de leite fumegante. Terças e quintas – pão com goiabada ou doce de leite feito em casa que era comido como sobremesa depois do prato de sopa.
Mas tomei gosto mesmo pela leitura quando foi adotado o livro “As mais belas histórias” de Lúcia Casasanta. Viajei muito por aquelas páginas, convivi com príncipes e princesas e principalmente me diverti a valer com as histórias e poemas engraçados (Menino Luxento, João Felpudo, João Jiló, etc.). Quem não fica com saudades?
Querida Nídia, serei frequentadora assídua do seu blog.
ResponderExcluirEstão lindas estas primeiras páginas!
Aqui, descobrirei segredos...através das letras esmeradas da minha querida prima, afilhada e...grande amiga.
Parabéns!
Ótima coleção! Ganhei quando pequenininha, e adorava o Epaminondas! Presente de quem será, né?!
ResponderExcluirQue achado vc. é! Que saudades desse livro. Vim atrás da Escola Nossa Senhora das Graças
ResponderExcluirOi, Linda. quanta magia existia neste livro. Quantas descobertas fizemos. Vou te visitar e seguir.
ResponderExcluirVolte sempre, será um prazer recebê-la por aqui,
Abraços.
Eu também aprendi ler em 1963 na cartilha dos três porquinhos e viajei muito pelo mundo mágico das mais belas histórias de Lúcia Casasanta e durante as décadas de 80 e 90 continuava viajando, só que agora não ia mais sozinha, viajava acompanhada pelos meus filhos que amavam ouvir as mais belas histórias que a mãe deles guardara na memória.
ResponderExcluirNao me contive de felicidade quando me deparei com a coleção de livros as mais belad historias, pois elas fizeram parte de minha infancia. Senti muita tristez quando me mudei de Minas Gerais para o Pará e perdi a minha coleção juntamente com amigos e parentes que deixei para tràs fiquei feliz ao saber que poderei adquiri-la novamente e viver uma nostalgia. Parabens a vcs que continuam preservando um pouco de nossa cultura
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