Porque você nada sabe da insônia
não venha assim desavisado com esse universo de frases protocolares
e toda uma higiene pasteurizada de ternura
cuidado e não se aproxime demais
existe uma parte de mim onde ninguém chegou ainda
e o desespero sempre faz com que a gente precise acreditar em tudo
estou ficando cada vez mais com medo desse sentimento súbito
a água que lavou as letras da biblioteca
é um sinal de que o amor e a palavra exigem renovação
que tanto estudo não resolve o desamparo
e que continua desabitada a casa que sou
finjo-me autobiográfica e renasço como personagem
espasmo de eletrochoque eu sirvo o meu senhor
ducha de eletricidade eu sirvo o meu senhor
e basta o seu tom de voz ser um pouco menos terno
que eu já sinto dor.
(Lucila Nogueira)
Lucila Nogueira nasceu no Rio de Janeiro no dia 30 de março de 1950. Pequena ainda, foi para o Recife, onde estudou e formou-se em Direito. Cursou mestrados dessa ciência, como também o de Antropologia. Foi promotora pública e exerceu outros cargos ligados à sua profissão. Desde jovem dedicou-se às artes: piano, violão, acordeom e principalmente literatura, sua fonte de testemunho no mundo.
(Lucila Nogueira)
Lucila Nogueira nasceu no Rio de Janeiro no dia 30 de março de 1950. Pequena ainda, foi para o Recife, onde estudou e formou-se em Direito. Cursou mestrados dessa ciência, como também o de Antropologia. Foi promotora pública e exerceu outros cargos ligados à sua profissão. Desde jovem dedicou-se às artes: piano, violão, acordeom e principalmente literatura, sua fonte de testemunho no mundo.
Publicou cerca de vinte e dois livros de poesia e outros ensaios. É professora de literatura na Universidade Federal de Pernambuco. Ganhou alguns prêmios por seus livros, como o Manuel Bandeira do Governo do Estado de Pernambuco por Almenara.
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