Quando tinha uns 7 anos, escrevi a clássica cartinha para o Papai Noel. Contei para ele que havia me comportado bem o ano todo, tirado boas notas, obedecido aos meus pais, enfim tinha sido uma “santa” criança. Aí então, arrisquei o pedido mais que merecido: gostaria de ganhar uma bicicleta azul. Para finalizar e provar o que havia dito no começo, agradeci antecipadamente e mandei beijos e abraços carinhosos.
Todo ano montávamos um presépio, mas não fazíamos árvores de Natal. Então coloquei a cartinha dentro do sapatinho, atrás da porta (já não ficava bem colocar os sapatos no meio do presépio - ia ficar parecendo o presépio da dona Helena e meu pai jamais me deixaria cometer essa heresia).
Quando acordei, no dia seguinte, corri para ver meu presente. Pelo tamanho, vi que não era a bicicleta. Era uma linda sombrinha azul. Papai Noel certamente tinha lido errado o meu pedido, mas tinha acertado quanto a minha cor predileta. Nem fiquei tão decepcionada assim. Apenas meio triste, já que ele tinha acertado metade do pedido.
Graças a Deus havia amanhecido chovendo. E lá fui eu, toda feliz, para a missa das crianças, naquela manhã de Natal. Coloquei a minha sombrinha nova no chão perto dos meus pés. Acabou a missa e fui para casa. Lá pelas duas da tarde, me lembrei da pobrezinha. Tinha sido esquecida na igreja. Com o coração aos galopes, fui procurá-la. A porta principal da igreja estava fechada. Entrei pela lateral e fui ao lugar onde a tinha deixado. Não encontrei nada, apenas o chão molhado. O que fazer?
Nunca o caminho da igreja até minha casa, me pareceu tão longo. A cabecinha fervilhava. Minha mãe era uma fera, ia me matar. Pensava, pensava, pensava. Meu pai era a minha salvação. Eu contava para ele, que era mais calmo e ponderado, e pronto. Ele que desse um jeito de contar para minha mãe e salvar a minha pele.
Cheguei em casa e narrei todo o acontecido para ele. Que estranho! Ele não ficou bravo e apenas me pediu segredo.
No outro dia, no final da tarde, ele me entregou um embrulho comprido. Abri e era uma sombrinha azul igualzinha à que eu havia deixado na igreja. Olhei para meu pai e vi um velhinho de barbas brancas e roupas vermelhas.
Sempre que chovia e eu usava minha linda sombrinha azul, me lembrava da história e de nosso segredo.
Todo ano montávamos um presépio, mas não fazíamos árvores de Natal. Então coloquei a cartinha dentro do sapatinho, atrás da porta (já não ficava bem colocar os sapatos no meio do presépio - ia ficar parecendo o presépio da dona Helena e meu pai jamais me deixaria cometer essa heresia).
Quando acordei, no dia seguinte, corri para ver meu presente. Pelo tamanho, vi que não era a bicicleta. Era uma linda sombrinha azul. Papai Noel certamente tinha lido errado o meu pedido, mas tinha acertado quanto a minha cor predileta. Nem fiquei tão decepcionada assim. Apenas meio triste, já que ele tinha acertado metade do pedido.
Graças a Deus havia amanhecido chovendo. E lá fui eu, toda feliz, para a missa das crianças, naquela manhã de Natal. Coloquei a minha sombrinha nova no chão perto dos meus pés. Acabou a missa e fui para casa. Lá pelas duas da tarde, me lembrei da pobrezinha. Tinha sido esquecida na igreja. Com o coração aos galopes, fui procurá-la. A porta principal da igreja estava fechada. Entrei pela lateral e fui ao lugar onde a tinha deixado. Não encontrei nada, apenas o chão molhado. O que fazer?
Nunca o caminho da igreja até minha casa, me pareceu tão longo. A cabecinha fervilhava. Minha mãe era uma fera, ia me matar. Pensava, pensava, pensava. Meu pai era a minha salvação. Eu contava para ele, que era mais calmo e ponderado, e pronto. Ele que desse um jeito de contar para minha mãe e salvar a minha pele.
Cheguei em casa e narrei todo o acontecido para ele. Que estranho! Ele não ficou bravo e apenas me pediu segredo.
No outro dia, no final da tarde, ele me entregou um embrulho comprido. Abri e era uma sombrinha azul igualzinha à que eu havia deixado na igreja. Olhei para meu pai e vi um velhinho de barbas brancas e roupas vermelhas.
Sempre que chovia e eu usava minha linda sombrinha azul, me lembrava da história e de nosso segredo.
Até hoje, quando os pingos de chuva batem numa sombrinha, parece que eu ouço: Ho! Ho! Ho!
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