sexta-feira, 12 de março de 2010

Temperos e cheiros - Canela

Canela

Histórico e curiosidades

A canela é uma árvore originária do Ceilão, da Birmânia e da Índia e conhecida há mais de 2500 anos a.C. pelos chineses. Seu nome científico, "cinnamomum", segundo referências, é derivado da palavra indonésia "kayu manis", que significa "madeira doce". Mais tarde, recebeu o nome hebreu "quinnamon", que evoluiu para o grego "kinnamon".
A canela era a especiaria mais procurada na Europa e seu comércio era muito lucrativo. O monopólio do comércio da canela esteve nas mãos dos portugueses no século XVI, passou para os holandeses, com a Companhia das Índias Orientais, quando esses expulsaram em 1656 os portugueses do Ceilão, e depois, passou para as mãos dos ingleses, a partir de 1796, quando esses ocuparam essa ilha.
Considerada símbolo da sabedoria, a canela foi usada na Antigüidade pelos gregos, romanos e hebreus para aromatizar o vinho e com fins religiosos na Índia e na China. Entre as muitas histórias da canela, conta-se que o imperador Nero depois de matar com um pontapé sua esposa Popea, tomado de remorsos ordenou a construção de uma enorme pira para cremá-la. Nessa pira foi queimada uma quantidade de canela suficiente para o consumo, durante um ano, de toda a cidade de Roma!
Simbolicamente, a canela é uma especiaria ligada ao amor, sendo empregada muitas vezes como ingrediente para perfumes mágicos e poções para conquistar a pessoa amada. Há quem acredite que ela atrai o sucesso nos negócios, trazendo sorte e determinação para a resolução de problemas.
A canela propriamente dita é uma casca macia, que aparece depois de ser retirada a primeira camada do tronco da caneleira. Esta casca é cortada em pedaços, e colocada para secar ao sol. É então que suas pontas se enrolam e formam um pequeno canudo, de onde vem o nome com que se denomina popularmente.
Devido ao seu aroma forte, em 1500 a.C, uma rainha do Egito usava canela em seus perfumes.
Os Antigos consideravam a canela a primeira das especiarias e tinham-na elevado ao lugar de oferta real, a par da mirra, do ouro e do incenso.
O calor e a força do seu aroma justificam que sempre a tenham considerado um afrodisíaco. Talvez por isso, existe na China uma lenda que conta como a deusa das caneleiras, apaixonada por um jovem filósofo, utilizou a canela como filtro de amor.

Uso doméstico

Para condimentar presunto e alguns tipos de carne. Sopas de carne e canja, batata doce e espinafre cozidos, cobertura de presunto, bacon, carne assada. Em casca no cozimento do frango e no molhos para carnes e aves. É muito comum na culinária do Oriente Médio e Norte da África, em cordeiro e berinjelas recheadas.
No preparo de doces, pães doces, arroz-doce, bolos, tortas de frutas, cremes para pastéis e panquecas doces, frutas condimentadas, compotas, pudins e mingaus. É comumente usada em sobremesas de chocolate e frutas, principalmente maças e peras.
Em pó e com açúcar, em bananas cozidas ou assadas.
Em casca é usada em compotas, caldas, vinho quente, quentão, chocolate quente e café.
Cosmética: para dar brilho nos cabelos; usada em pastas dentais e óleos bronzeadores.

Uso medicinal

Adstringente, afrodisíaca, anti-séptica, aperiente, aromática, carminativa, digestiva, estimulante, hipertensora, sedativa, tônica e vasodilatadora.
Contra gases abdominais, úlceras estomacais causadas por stress, hipertensão arterial, resfriados e dores abdominais.

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