Inovação coletiva para empreendedores
Como os empreendedores podem incentivar os funcionários a dar ideias que ajudem a criar novos produtos, aumentar as vendas e cortar custos
Será que, se dobrar a aba desta caixa de papelão aqui, cabem mais produtos dentro? Mudar os horários de entrega não resolveria o congestionamento de caminhões no pátio? E não dá para fazer uma planilha que organize os horários dos motoboys? Conforme uma pequena ou média empresa cresce, são os funcionários que passam a conhecer certos detalhes da operação. Por isso, chega um momento em que, sozinho, o empreendedor não consegue encontrar todas as respostas. A questão principal consiste, portanto, em como motivá-los a contribuir com sugestões de melhorias. "Os bons funcionários querem reconhecimento", diz Paulo Sérgio Quartiermeister, diretor do centro de Inovação e Criatividade da Escola Superior de Propaganda e Marketing, em São Paulo. "É preciso recompensá-los por boas ideias com algo concreto, como bônus ou outro tipo de prêmio." Veja como funcionam os programas de recompensas em algumas pequenas e médias empresas em que os funcionários colocam a cabeça para funcionar.
Programa de milhagem
Na Leucotron, quem dá boas ideias acumula pontos para trocar por participação no resultado
Há dois anos, os 175 funcionários da mineira Leucotron, que faturou 37 milhões de reais em 2009 fabricando sistemas de PABX, ganharam um espaço na intranet para registrar suas ideias. As sugestões são avaliadas pelos chefes dos departamentos, de acordo com a capacidade de gerar resultados mensuráveis e o custo de tocá-las adiante. Desde então, a Leucotron já juntou mais de 180 sugestões, que resultaram numa redução de 1,5% ao ano nos custos. "No nosso setor há muita competição, e qualquer economia é importante", diz Antônio Cláudio de Oliveira, de 45 anos, diretor da empresa.
Para recompensar as melhores ideias, foi colocada em prática na sede da Leucotron, em Santa Rita do Sapucaí, uma espécie de programa de milhagem. Quem tem uma ideia que, 12 meses depois de implantada, der os resultados previstos, tem direito a um acréscimo de 1,5% no bônus de participação nos lucros daquele ano. Foi o que ocorreu com o empacotador Fabrício Miranda. Até pouco tempo atrás, todos os aparelhos da Leucotron eram transportados em caixas recheadas com uma peça de isopor, para evitar que os equipamentos chacoalhassem durante o transporte. Miranda pensou em substituir o isopor por uma estrutura feita de papelão dobrado, que mantivesse o produto fixo dentro da caixa. "O suporte teve de ser encomendado, mas, mesmo assim, saiu mais barato do que o isopor", diz Oliveira. "Com isso, os custos com embalagem caíram 20%."
(Fonte: Carla Aranha - da EXAME PME)
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