“Minas são muitas. Porém, poucos são aqueles que conhecem as mil faces das Gerais.” (Guimarães Rosa)
Santana do Deserto
Igreja Matriz de Nossa Senhora de Santana (Foto do Miguel)
Padroeira: Nossa Senhora de Santana
Festa da Padroeira: 26 de Julho
Localização
História
O início da povoação data de 1853, tendo o capitão Cândido Pereira da Fonseca desmembrado da fazenda Santana, de sua propriedade, cinco alqueires de terra necessários à construção da igreja, que tem como padroeira Nossa Senhora de Santana. A baronesa de Juiz de Fora fez doações à igreja para o seu patrimônio e doou um prédio para a escola pública.
Nessa época, as terras que hoje constituem o Município de Santana do Deserto, já eram ocupadas por fazendeiros, que oriundos de terras vizinhas, dedicavam à cultura de café e criação de gado bovino. A necessidade de novas terras para o cultivo de café e para o pastoreio do gado levaram para a região muitos agricultores e criadores, que antes de meros aventureiros, eram prósperos ruralistas de outras terras.
Duas importantes fazendas situavam na região: a Fazenda de Santana e a Fazenda do Deserto. Formado o Distrito, a princípio, com terras das duas fazendas, dando origem ao topônimo de Santana do Deserto.
O território de Santana do Deserto integrava, com várias outras localidades, o município de Juiz de Fora, até o ano de 1923, quando passa a distrito de Matias Barbosa. Em 12 de dezembro de 1953, emancipa-se deste.
Datas Históricas
1889 – Criado o distrito com a denominação de Santana do Deserto, subordinado ao município de Juiz de Fora.
1923 - O distrito é transferido do município de Juiz de Fora para o novo município de Matias Barbosa.
1953 - Elevado à categoria de município com a denominação de Santana do Deserto, desmembrado de Matias Barbosa.
O município
Santana do Deserto é um município do estado de Minas Gerais. Sua população em 2010 era de 3.860 habitantes, ocupando uma área de 182,65 km².
Do apogeu com a Cultura Cafeeira, até os dias de hoje, temos um longo processo.
Após ter vivido um período áureo durante o século XIX com a cultura do café, razão das inúmeras e belíssimas sedes de fazendas encontradas no município, atravessou um período de ostracismo econômico. O fim do ciclo do café, em decorrência do desaparecimento da mão de obra escrava e do desgaste do solo, acarretou o abandono das grandes fazendas do Vale do Paraíba. A partir do final da década de 80, com a abertura de rodovias e a facilidade de acesso a partir de centros urbanos importantes como o Rio de Janeiro e Juiz de Fora, o município volta a ser centro de interesse para o desenvolvimento do turismo rural, local de veraneio e o desenvolvimento de atividade pecuária de elite, notadamente gado Brahman.
Com um potencial considerável para o desenvolvimento do eco-turismo contando com fazendas do ciclo do café do século XlX, reservas vegetais que conservam espécies nativas da Mata Atlântica, além de cachoeiras visitáveis que compõem o sistema hídrico podendo portanto, servir como um refúgio do caos das grandes cidades. Além disso, a cidade faz parte da rota do caminho novo da estrada real.
Atividades como malharia, plantio e beneficiamento do maracujá para produção de sucos, farinha, polpa, pecuária, além do comércio e hospedagem contribuem para a economia do Município.
(Fontes: IBGE, ALMG)
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