A gravata
História
A gravata é uma tira de tecido, estreita e longa, que se usa em torno do pescoço e que é presa por um laço ou nó na parte da frente. Peça predominantemente do vestuário masculino, mas nada impede que mulheres também a use para dar um toque especial a um traje especial.
Provavelmente, a primeira utilização de objetos de forma semelhantes às gravatas, hoje conhecidas, foi identificada entre os egípcios. Arqueólogos identificaram em torno do pescoço de múmias egípcias uma espécie de amuleto conhecido como “Sangue de Ísis”. Esse objeto em ouro ou cerâmica possuía a forma de um cordão arrematado com um nó, cuja função seria de proteger o finado dos “perigos da eternidade".
Outra possível origem da gravata remonta há milhares de anos, quando os guerreiros do imperador chinês Shih Huang Ti’s usavam um cachecol com um nó em volta do pescoço como símbolo de status e de elite entre as tropas, de forma semelhante à gravata hoje conhecida.
Até uma época recente, imaginava-se que os romanos foram os pioneiros no uso da gravata, no século I A.C., como ilustra a famosa coluna de Trajano, em que pode ser visualizada ao nível do pescoço uma peça semelhante à gravata conhecida como focale. Acredita-se que este acessório tenha sido utilizado pelos oradores romanos com o objetivo de aquecer suas gargantas. Os soldados romanos também usavam a focale, uma espécie de cachecol úmido amarrado no pescoço, para se refrescarem nos dias mais quentes. Apesar de muito prática, a gravata romana não virou moda.
Depois de egípcios, chineses e romanos utilizarem enfeites, de diferentes tamanhos e materiais ao redor do pescoço, a gravata moderna teve de esperar mais de dezoito séculos para cair no gosto popular.
Atribui-se a introdução da gravata aos soldados croatas a serviço da França durante a Guerra dos Trinta Anos. Os pedaços de tecidos, atados ao pescoço dos soldados com distintivos laços, eram usados com distintivo militar pelos croatas, sendo o tecido usado uma determinante da hierarquia.
Esses acontecimentos encontram-se no livro francês “La Grande Histoire de la Cravate” (Flamarion, Paris, 1994), conforme a seguinte passagem:
“Por volta do ano 1635, cerca de seis mil soldados e cavaleiros vieram a Paris para dar suporte ao rei Luís XIV e o Cardeal Richelieu. Entre eles, estava um grande número de mercenários croatas. O traje tradicional destes soldados despertou interesse por causa dos cachecóis incomuns e pitorescos enlaçados em seu pescoço. Os cachecóis eram feitos de vários tecidos, variando de material grosseiro para soldados comuns a seda e algodão para oficiais”.
Os franceses, logo se encantaram com esse adereço elegante e desconhecido, que chamaram de cravat, que significa croata. O próprio rei Luís XIV ordenou que seu alfaiate particular criasse uma peça semelhante ao dos croatas e que a incorporasse aos trajes reais.
Os franceses, com sua característica preocupação com o vestuário, adotaram o cachecol iugoslavo e logo começaram a aparecer em público – homens e mulheres – usando gravatas. Eram modelos de linho ou de renda, com nós no centro e longas pontas soltas.
O termo gravata, portanto, deriva do francês "cravate", que por sua vez é uma corruptela de "croat", em referência aos croatas, que primeiro apresentaram a indumentária à sociedade parisiense.
Em 1800 a gravata ganhou prestígio, gravateiros aumentaram e guias de nós surgiram.
Com o passar do tempo e com a popularidade ganha, a gravata tomou o formato que possui hoje. Atualmente expressa o gosto e a personalidade de cada um.
A finalidade da gravata é dar um toque de cor na roupa masculina. Gravatas são de suma importância, chegando ser qualificada como um emblema da vaidade do homem.
As gravatas de hoje têm de em torno de 140 centímetros e variam na largura.
Na escolha da gravata, sempre deverá predominar a máxima de “Gravatas, poucas mas boas”, busque a sobriedade.
Jamais esqueça:
- O comprimento da gravata não deve sobrepor ao cinto.
- A ponta da gravata fica sobre a camisa.
- Os prendedores, se usados, são colocados na altura do 4º. botão da camisa.
Nós de gravata
Existem vários tipos de nós, determinados pelo tipo de colarinho da camisa social a ser vestida. Também existem as gravatas chamadas borboletas.
Os nós de gravata são invariavelmente executados com movimentos da ponta mais larga da gravata, partindo de uma posição inicial em que ambas as pontas ficam caídas ao longo do corpo, até um ponto que varia conforme o comprimento da gravata e a complexidade do nó desejado.
Nó simples
O nó simples é o grande clássico de nós de gravata. Ele é sem dúvida o mais utilizado porque é simples de realizar e condiz com a maioria das gravatas e colarinhos das camisas. Ele é perfeito para os homens de média ou elevada estatura.
Preparação: Volta para cima o colarinho da sua camisa, feche o botão e coloque a gravata.
Os homens de média estatura colocarão a parte estreita da gravata ao nível do cinto e os homens de elevada estatura colocarão acima.
As fases:
Fase 1: Por baixo do colarinho, cruze a parte larga sobre a parte estreita.
Fase 2: Faça deslizar a parte larga sob a parte estreita.
Fase 3: Envolva a parte larga sobre a parte estreita.
Fase 4: Passa para cima a parte larga e por baixo da gravata coloque o índex no nó realizado. Retira o índex e deslize a parte larga da gravata na fivela.
Fase 5: Mantenha a parta estreita. Tira delicadamente a parta larga para apertar a fivela. Ajuste o nó, e em seguida eleve até ao último botão do colarinho.
Nó Windsor
O nó Windsor é o nó das grandes ocasiões. Muito inglês, o seu nome provêm do Duque de Windsor que o popularizou.
Como ele é volumoso, deve ser realizado de preferência em colarinhos afastados, como os colarinhos italianos ou os colarinhos Windsor.
Preparação: Ponha a sua gravata em redor do pescoço depois de ter fechado o ultimo botão da camisa e de ter voltado para cima o colarinho. As duas partes da gravata são colocadas de forma assimétrica. A parte larga é deixada muito mais comprida do que a parte estreita.
As fases:
Fase 1: Cruze a parte larga sobre a parte estreita. Mantenha o cruzamento, e ao lado, faça uma fivela subindo a parte larga sobre a gravata e rebaixe-a.
Fase 2: Ponha a parte grande para o outro lado sob o cruzamento. Faça outra fivela subindo a parte larga sobre a gravata e baixando-a.
Fase 3: Passe horizontalmente a parte larga pela frente da parte estreita.
Fase 4: Passe verticalmente a parte larga sob a gravata, desamarrote-o e faça passar a parte larga na fivela.
Fase 5: Mantenha a parta estreita, puxe delicadamente sobre a parte larga para apertar a gravata; centro o nó ao alto e ao meio do colarinho.
(Fontes:http://www.tieknot.com, http://vomicae.net/, http://super.abril.com.br, http://missetiqueta.blogspot.com, http://www.ruadireita.com)
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