“Minas são muitas. Porém, poucos são aqueles que conhecem as mil faces das Gerais.” (Guimarães Rosa)
Delfim Moreira
Igreja Matriz de Nossa Senhora da Soledade
Região: Sul
Padroeira: Nossa Senhora da Soledade.
Festa da Padroeira: 17 de Dezembro
Localização
História
Como a maioria dos municípios da região, sua origem está ligada à chegada dos bandeirantes paulistas, em especial à bandeira de Miguel Garcia Velho (Borba Gato), que vinham à procura de ouro. Sua fundação não pode ser precisada com certeza. Possivelmente ocorreu entre os anos de 1703 a 1705.
O arraial que deu origem a Delfim Moreira surgiu à margem direita do rio Santo Antonio, quase em frente à cachoeira formado por este rio, onde Miguel Garcia Velho encontrou ouro e por ali permaneceu faiscando por cinco anos. Itagybá é um nome tupi que significa: pedra amarela, lugar onde o rio das pedras cai de cima ou cachoeira do rio das pedras. Foi em razão desta cachoeira que Delfim Moreira obteve seu primitivo nome, Descoberto do Itagybá ou Minas do Itagybá.
Nos idos de 1746, a região de Itajubá, hoje Delfim Moreira, sofre modificações em suas divisas e passa a pertencer a Minas Gerais.
Em 1762, o arraial é elevado à condição de freguesia passando a ser designado oficialmente por Descoberto de Itajubá.
Por volta de 1819, as minas de ouro da freguesia do Descoberto de Itajubá já se encontravam esgotadas. Seus habitantes deixavam o lugar em busca de novas paragens. Foi assim que surgiu um novo arraial as margens do Rio Sapucaí com o nome de Boa Vista do Sapucaí.
Em 1832 o povoado de Boa Vista tornou-se a sede da freguesia, passado a se chamar Boa Vista de Itajubá. Em 1842, o velho arraial do Descoberto de Itajubá, reconquistou seu titulo de freguesia passando a se chamar oficialmente Soledade de Itajubá, em reverência a Nossa Senhora da Soledade padroeira da capela fundada quando simples povoado.
Em 1848, a nova freguesia de Boa Vista de Itajubá foi elevada a categoria de Vila, sendo Soledade de Itajubá anexada a ela como um de seus distritos. A partir daí o povo passa a designar a duas localidades por Itajubá Novo e Itajubá Velho.
A emancipação política de Soledade de Itajubá só veio a ocorrer em 1938, sendo seu nome mudado para Delfim Moreira, nome esse que já era usado para designar a estação ferroviária que servia a localidade.
Como se pode ver, no decorrer de sua história, o município de Itajubá sofreu divisões em seu território, sendo que a vila original se tornou a cidade de Delfim Moreira enquanto Itajubá se desenvolveu em outro ponto do município, mais abaixo no vale.
Datas Históricas
1746 - Passa a ser subordinada ao governo de Minas.
1762 - Foi criada a freguesia.
1819 - Surge o povoado às margens do Rio Sapucaí, arraial da Boa Vista. O antigo povoado continua com o nome de Itajubá Velho ou Soledade de Itajubá.
1842 - Reconquista a condição de freguesia com o nome de Soledade de Itajubá.
1848 – É elevado a vila.
1938 - Torna-se município com a denominação de Delfim Moreira, desmembrando-se de Itajubá.
O município
Delfim Moreira é um município Da região sul do estado de Minas Gerais. Sua população estimada em 2010 era de 7971 habitantes e uma área de 408,47 km².
Inicialmente o município teve como principal atividade econômica à extração do ouro, porém, foi um período efêmero. Esgotado o ouro, seus moradores passaram a viver da agricultura de subsistência do milho, feijão, fumo, criação de gado e suínos. Também praticavam um pequeno comércio desses gêneros com a região do Vale do Paraíba paulista, onde trocavam por pólvora, ferro e sal. A fruticultura já era praticada desde o final da mineração como atividade de subsistência.
Delfim Moreira foi o maior produtor mundial de marmelo. Na década de 40 se instalaram no município grandes fábricas de produção de doces, como CICA, Peixe, Colombo, Matarazzo e também indústrias criadas por moradores, que tiveram grande destaque na economia local, tais como: Mantiqueira, Fruticultores, Vitória e Frutiminas. A linha férrea chegou para escoar esta produção que envolvia mais de vinte mil moradores.
Atualmente é um dos maiores produtores de trutas do país, contado com diversos criatórios e, pela privilegiada condição climática e topografia, vem desenvolvendo uma vocação turística voltada ao turismo rural e ecológico.
A região é privilegiada e possui como atrativos turísticos: cachoeiras, piscinas naturais, riachos e matas virgens com rica fauna.
Depois de curtir tantas belezas, vale agradecer - aproveite a missa das manhãs de domingo do Mosteiro de Santa Maria da Serra Clara, onde vivem os monges beneditinos da Ordem de São Bento. O culto é emocionante.
Há também um rico artesanato local como o tricô, crochê, abrolhos, doces, compotas, geléias e licores caseiros.
(Fontes: http://delfimmoreira.blogspot.com, http://www.trilhaseaventuras.com.br, http://ecoviagem.uol.com.br, Prefeitura Municipal de Delfim Moreira, http://www.minastour.com.br, IBGE)
O sul das Minas Gerais é riquíssimo. Morei três anos em Delfim Moreira. Conheci deliciosos recantos em Cristina, Maria da Fé, Cachoeira de Minas, Santa Rita, Pedralva, Piranguçu e tantas outras belíssimas cidades de Minas!!!
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