Jogar ou oferecer bebida para o santo
É comum em muitos bares e botequins de norte a sul do Brasil despejar no chão o primeiro gole de aguardente, em sinal de respeito “ao santo”. Qual o santo? Nada mais nada menos do que Eliyahu Hanavi, o Profeta Elias da tradição judaica. Na mesa cerimonial para a celebração do Pessach, a Páscoa Judaica, é costume reservar um lugar para o Profeta, colocando-se um prato, talheres e um cálice com o delicioso vinho adocicado especialmente preparado para a ocasião. Ninguém toca nesse cálice, reservado para Elias. Diz-se que, a cada ano, ele faz uma visita a todos os lares judaicos durante a Páscoa e não ficaria bem encontrar seu cálice sem o precioso líquido. Com as perseguições aos judeus, começou a ficar perigoso mencionar o nome de Elias, que passou a ser chamado de “santo”.
Há também a versão de que esse hábito vem dos africanos que também tiveram de reinventar suas crenças. Surge assim o sincretismo religioso, forma de manter os rituais religiosos de origem e o culto de suas divindades camufladas sob os nomes de santos
portugueses. O costume, entre os brasileiros, de jogar um pouco da bebida para o santo, era usado pelos africanos para agradar os mortos e as divindades que acreditavam poder interferir na realidade dos vivos.
De profeta ou divindade para santo e de vinho para pinga foi um pulo.
(Fonte: http://eduplanet.net/mod/forum/discuss.php?d=4289, http://periodicos.pucminas.br)
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