“Minas são muitas. Porém, poucos são aqueles que conhecem as mil faces das Gerais.” (Guimarães Rosa)
Maria da Fé
Igreja Matriz de Nossa Senhora de Lourdes
Região: Sul
Padroeira: Nossa Senhora de Lourdes
Festa da Padroeira: 11 de Fevereiro
Localização
Tudo começou quando dois fazendeiros, João Carneiro Santiago e José Correia de Carvalho, adquiriram uma sesmaria próxima ao município de Cristina formada por terras do local denominado Campos.
Mais ou menos em meados do século XIX, foi a gleba dividida em duas partes. Cada um instalou sua fazenda começando, com seus escravos e familiares, as culturas agrícolas e a exploração das riquezas existentes.
Por volta de 1815, após o falecimento destes, estas terras foram subdividas a terceiros. E entre estes estavam o casal José Rodrigues Braga e Maria da Fé de São Bernardo que fundou a Fazenda Nova de Campos.
A cidade propriamente dita começou a edificar-se em terras de João Ribeiro de Paiva que foi quem primeiro instalou uma casa comercial, de sociedade com o Sr. Honório Costa. O surgimento desta casa comercial, somado com a chegada de novos moradores fez com que Campos de Maria da Fé tornasse distrito em 1859 e sob a jurisdição do município de Cristina.
O ano de 1890 foi marcante para a cidade, pois foi neste ano em que se iniciaram as obras da construção da linha férrea que passaria na cidade. Em 27 de junho de 1891 foi inaugurada a Estação Ferroviária da cidade, trazendo o nome de Dona Maria da Fé. Era a mais alta da linha com mais de 1.200 metros de altitude. E o trem alavancou o progresso do distrito, pois Maria da Fé exportava a sua produção de batatas para todo o país. Daí o título de “Cidade das batatas”. Para além de uma simples homenagem à fazendeira pioneira da região, a referida estação acabou por representar a matriz geradora da nova vila que surgia: a Vila de Campos de Maria da Fé.
O ano de 1891 também foi um marco para a história da cidade, pois o distrito era desmembrado de Cristina para ser anexado ao município de Pedra Branca (hoje Pedralva).
Em meados de 1908, é instalada a Paróquia de Maria da Fé e sua edificação se deu com a Capela de Nossa Senhora de Lourdes. Dois anos depois – mais precisamente em 1911 – a Vila de Campos de Maria da Fé passa a ser denominada cidade de Campos de Maria da Fé. Em 1923 passa a se chamar Maria de Fé.
Datas Históricas
1859 - O povoado passou a distrito e foi incorporado ao município de Cristina com o nome de Campos de Maria da Fé.
1908 - Criação da Paróquia de Maria da Fé.
1911 - Desmembra-se do município de Pedra Branca (hoje Pedralva) e passa a município com o nome de Campos de Maria da Fé.
1923 - A denominação passou a ser Maria da Fé, permanecendo até os dias atuais.
O município
Maria da Fé é um município do sul do estado de Minas Gerais. Sua população estimada em 2010 é de 14.216 e sua área é de 202,89 km².
O município está localizado em pleno Planalto da Serra São João, maciço da Mantiqueira, o município tem relevo acidentado, com a sede a 1.300 metros de altitude.
Maria da Fé é conhecida como a cidade mais fria do Estado de Minas Gerais. No inverno, as temperaturas mínimas podem descer abaixo de 0°C.
Na cidade, a Igreja Matriz de Nossa Senhora de Lourdes possui murais de Pietro Gentilli, pintor italiano que também possui obras em Americana (Estado de São Paulo) e Mariana (Minas Gerais). A cidade também possui um Centro Cultural, onde estão disponíveis informações históricas e turísticas sobre o município e também a Casa do Artesão, um espaço criado para a exposição de trabalhos de artesanato da cidade.
Na Praça Getúlio Vargas estão algumas das mais antigas oliveiras da cidade, conhecida nacionalmente como Cidade das Oliveiras.
A paisagem é montanhosa, a vegetação tem predominância de pinheiros. Sua maior produção e força econômica é a batata, para semente ou consumo.
Nos anos 70 e 80, a cidade era conhecida como a “Cidade das batatas” pela sua produção em grande escala do referido produto. Nessa época, Maria da Fé se tornou a maior produtora de batatas no território nacional, com o volume anual de 46 mil toneladas.
Entretanto, no início dos anos 90, observou-se uma acentuada crise na cultura desse gênero, tendo em vista a conjugação dos seguintes fatores: sucessivas pragas nas sementes utilizadas para o plantio; cortes sistemáticos nos investimentos governamentais; dificuldades oriundas da baixa mecanização no campo e competitividade com outros mercados. Hoje já não ostenta tal titulo.
Hoje, Maria da Fé tem uma grande vocação para o turismo rural e o ecoturismo devido ao ambiente acolhedor da região e das belas fazendas, a ótima gastronomia, às cachoeiras e matas e ao Pico da Bandeira, não confundir com o Pico da Bandeira localizado no Parque Nacional do Caparaó. A Fazenda Experimental da Epamig, com lago, vegetação exuberante e um viveiro de mudas variadas é mais uma atração turística do município.
A vantagem de Maria da Fé é que devido ao clima serrano, à hospitalidade do povo e à tranquilidade, a cidade é gostosa de visitar o ano inteiro. Para os amantes do inverno, melhor ainda nesta estação, quando as temperaturas caem bastante.
(Fontes: “Família Rodrigues de Sá – 400 anos de genealogia – Marília Sílvia Bueno, IBGE, http://www.turismo.mg.gov.br, http://www.rdvetc.com)
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