Canção para um desencontro
Pela Editora Mandarim, em 1997, o poema era assim:
Deixa-me errar alguma vez,
porque também sou isso: incerta e dura,
e ansiosa de não te perder, agora que entrevejo
um horizonte.
Deixa-me errar e me compreende,
porque se faço mal é por querer-te
desta maneira tola, e tonta, eternamente
recomeçando a cada dia como num descobrimento
dos teus territórios de carne e sonho, dos teus
desvãos de música ou vôo, teus sótãos e porões,
e dessa escadaria de tua alma.
Deixa-me errar, mas não me soltes
para que eu não me perca
deste tênue fio de alegria
dos sustos do amor que se repetem
enquanto houver entre nós essa magia.
(Lya Luft)
Lya reescreveu esse poema para a nova publicação do livro Secreta Mirada pela Editora Record, em 2005, e ficou assim:
Deixa-me errar alguma vez,
porque também sou isso: incerta e dura,
e ansiosa de não te perder,
e frágil.
Deixa-me errar e me compreende,
porque se faço mal é por querer-te
desta maneira tola, cada dia
perdida feito criança nos teus territórios,
e nessa escadaria de tua alma.
Deixa-me errar e não me soltes,
para que eu não me enrede
nos sustos desse amor,
onde ainda espreitam o segredo,
a esperança,
e um gosto inesperado de magia.
(Lya Luft)
Blog: Fico com o mais antigo? Ou prefiro o novo? Não sei...
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