Tecnologia invade a casa dos brasileiros
Sala com sofá, tapete e mesinha no centro. Mas o simples acionar de um botão muda tudo. De repente e de uma só vez, as luzes se apagam, o DVD e a televisão são ligados e as cortinas se fecham a fim de proporcionar o ambiente ideal. Parece coisa de filme, mas a tecnologia residencial está invadindo a vida dos brasileiros e se tornando uma realidade crescente.
Diretor de uma indústria mineira que produz equipamentos eletrônicos e desenvolve softwares para residências, o engenheiro de automação Higor Fernandes, 29, garante que o número de vendas dobra a cada ano. A empresa foi criada por ele e outros dois sócios há seis anos e abastece o Brasil todo. “Houve uma explosão da automação residencial. Muitas construtoras, inclusive, já planejam seus imóveis para receber a tecnologia”, afirma. A expectativa da Associação Brasileira de Automação Residencial é de que o faturamento do setor atinja R$ 124,9 bilhões, o que significa um crescimento de 11% na comparação com 2009.
O serviço mais procurado, segundo o engenheiro, é o de controle de iluminação, cortina, áudio e vídeo. Por meio de um único controle remoto ou, ainda, utilizando um Iphone ou Ipad, o cliente programa ambientes de acordo com seu interesse, como por exemplo para um jantar romântico ou uma sessão de filmes. Há, ainda, o controle de segurança feito com câmaras. Por meio de um software, é possível ver tudo o que está acontecendo dentro da casa de qualquer lugar do mundo.
Além de proporcionar conforto, Higor destaca que a tecnologia ajuda na inclusão de deficientes. “Uma pessoa paraplégica pode ligar a TV ou fechar a cortina com a boca por meio de touch screen”, afirma. Ele lembra, ainda, que o controle de iluminação ajuda na economia de luz, pois as pessoas aprendem a usar ambientes como a penumbra ou a meia luz que gastam menos energia.
No ramo há cinco anos, o empresário Natan Rijhsinghani afirma que o custo dos projetos de automação residencial podem variar de R$5 mil a R$200 mil, dependendo de sua complexidade. Um pacote padrão com oito equipamentos de áudio e vídeo, oito sessões de luz e cortina custa cerca de R$25 mil. “No início só a classe A consumia, mas a tecnologia tem ficado mais acessível. Algumas famílias preferem colocar um mármore mais barato, por exemplo, para ter o sistema em casa”, diz.
Há um ano e meio a família do engenheiro químico Bernardo Chaves, 25, instalou um sistema de controle de iluminação, cortina, áudio e vídeo em casa, no bairro Lourdes, região sul de Belo Horizonte. “Nós queríamos montar uma estrutura bacana de vídeo para nossa sala, mas quando procuramos o serviço percebemos que a tecnologia podia facilitar muitas outras coisas”,conta.
Para Bernardo, uma das principais vantagens é a facilidade de manipulação dos equipamentos. “Minha mãe e irmã tinham dificuldade de usar os eletrônicos e às vezes eu também confundia os fios e as entradas para ligar os aparelhos, agora é só acionar um botão”, diz. A criação de diferentes ambientes também foi aprovada pela família. “Se você vai dar uma festa é só programar a casa para isso. Aciona a opção, as luzes ascendem e o som é ligado na sala e na varanda”, afirma.
E se a moda é ter uma casa inteligente, nem o banheiro poderia escapar da inovação. Desenvolvida em um pólo tecnológico em Santa Rita do Sapucaí, no sul de Minas, uma banheira apresentada na última edição da Casa Cor em Belo Horizonte pode preparar o banho sozinha. “Você está no escritório e quer tomar um banho relaxante quando chegar em casa. É só programar a banheira pelo celular e, quando ela estiver pronta, você recebe uma mensagem”, explica a decoradora Dênia Diniz, responsável pela divulgação da banheira.
Os chuveiros também entraram para a lista de equipamentos tecnológicos, podendo ser programados com diferentes opções de temperatura. “Isso economiza água e energia, pois a pessoa não precisa ficar testando para achar a temperatura ideal”, destaca Dênia. Segundo a profissional, a tecnologia dentro de casa não interfere na decoração e ajuda na convivência entre os moradores. “As pessoas ficam cada vez menos em casa, então o tempo que têm deve ser aproveitado com mais qualidade”, ressalta.
(Fonte: Thaíne Belissa - Portal Uai em 29/10/2010)
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