Batismo de fogo
Ao condenar os hereges às fogueiras, a Inquisição sustentava que eles não tendo sido batizados com água benta, faziam ali seu batismo de fogo. E aqueles que os condenavam ainda garantiam que os réus estavam fazendo um bom negócio, ao trocar as labaredas eternas do inferno por chamuscadas que apenas os levariam desta vida.
Porém, a frase mudou de sentido no século passado, quando Napoleão III (1808-1873) adaptou-a aos que entravam em combate pela primeira vez.
Tudo indica que a expressão tenha surgido na batalha entre o rei Afonso (1221-84), de Castela, e o muçulmano Ibn Mahfud, em Huelva, no ano de 1262. Nela, os muçulmanos utilizaram pela primeira vez armas de fogo, até então desconhecidas nas guerras peninsulares. A partir de então, o uso da artilharia se generalizou e deu origem a alguns termos da terminologia militar, como a expressão "receber batismo de fogo". Pelo fato de as tropas serem formadas por grande número de soldados de origem e crenças diferentes, aos não-batizados era dado o sacramento, para que pudessem receber a eucaristia, como mandava a tradição e os cânones dos cavaleiros, e a partir daí enfrentar os inimigos como verdadeiros cristãos.
Hoje, a expressão se refere a qualquer situação crítica em que os envolvidos têm de obter bom desempenho em tarefas importantes.
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