Um contrato entre o governo de Minas Gerais e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), assinado no último dia 3, dará início ao Programa de Apoio à Competitividade dos Arranjos Produtivos Locais (APLs), com o objetivo de fomentar as atividades econômicas do Estado, por meio do incremento à produtividade das empresas envolvidas. Os aportes previstos serão de US$ 16,7 milhões em sete APLs.
O programa terá investimentos de US$ 10 milhões contraídos junto ao BID e R$ 700 mil em recursos próprios do Estado, R$ 3 milhões do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais (Sebrae-MG) e R$ 3 milhões da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), segundo informações da gerente da Unidade de Indústria do Sebrae-MG, Marise Xavier Brandão.
"Para os projetos serem implementados será necessário fazer um plano de melhoria de competitividade (PMC). Isso é uma exigência do BID. O banco exige que seja contratada uma consultoria internacional para gerar um certo intercâmbio", explicou a gerente.
Os PMCs são propriamente as ações que serão desenvolvidas. "As ações serão definidas no desenvolver dos PMCs. Estamos juntos com empresários, Fiemg e o governo para elaborarmos diagnósticos das regiões", detalhou.
As ações devem começar apenas a partir de abril ou maio de 2010. "O dinheiro do empréstimo deve sair só no ano que vem, em maio, mas todas as ações do Sebrae não serão suspensas enquanto esperamos o dinheiro sair", ressaltou.
Até o momento, apenas dois polos têm os PMCs prontos. E por isso serão, em um primeiro momento, os primeiros a serem desenvolvidos. São os arranjos de eletroeletrônicos do Vale da Eletrônica, em Santa Rita do Sapucaí, no Sul de Minas, e o polo calçadista de Nova Serrana, no Centro-Oeste. "Os PMCs dessas regiões foram produzidos entre 2006 e 2007 e aprovados pelo BID. Eles já podem estar superados, no entanto, não sabemos se teremos que fazer outros. Esperamos resposta do banco", ponderou.
Os demais polos que receberão investimentos para aumentar a produtividade e a competitividade são o de móveis de Ubá, na Zona da Mata; o de fruticultura do Projeto Jaíba, no Norte de Minas; o da fundição de Claúdio, Divinópolis e Itaúna, no Centro-Oeste; o polo da biotecnologia e saúde humana, situado na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH); e o de calçados, bolsas e assessórios na RMBH.
Critérios - O volume investido em todo o programa será dividido de acordo com a demanda de cado polo. "Os incrementos serão feitos de acordo com a necessidade e a capacidade de absorção de cada setor", informou.
Segundo Marise Xavier, a partir da assinatura do contrato, a unidade gestora terá três anos para utilizar os recursos destinados ao programa. "A execução dos projetos ficará a cargo do Instituto Euvaldo Lodi (IEL/Fiemg), enquanto o Sebrae-MG ficará mais envolvido com os PMCs", afirmou.
É estimado, de acordo com Marise Xavier, que em cada polo definido para receber investimento sejam, em média, beneficiados 200 empresários de cada região. "Como são sete polos esperamos que mais de 1,4 mil empresários sejam benefiados pelo Programa de Apoio à Competitividade dos Arranjos Locais", previu.
(WILKER DOMINGOS – Diário do Comércio em 10/11/2009)
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