Ano novo, vida nova e tempo de alegria para moradores da comunidade rural de Bom Jardim, em Pedra do Indaiá, no Centro-Oeste de Minas. Há sete anos envolvidos na restauração da Capela de São Sebastião, construída em 1807 por escravos, os moradores comemoram o término da obra, feita com dinheiro arrecadado em barraquinhas, leilões na festa do padroeiro e doações. “A capela está salva. Agora só faltam os elementos artísticos, que estão bem atacados pelos cupins”, afirma o representante da comissão local encarregada da empreitada, Rômulo Jakson dos Santos, de 26 anos. Pintado de azul e branco, suas cores originais, e localizado em meio a um descampado, logo depois de uma porteira, o templo católico é considerado “o bem maior” das 20 famílias residentes em Bom Jardim.
Obrigada a paralisar as obras durante um ano por falta de recursos, a comissão de moradores arregaçou as mangas, em 2008, “e passou o chapéu”, conta Rômulo. Ele destaca, entre as principais ações, a recuperação do telhado, que recebeu 6 mil telhas coloniais tipo cumbuca, a troca do piso, de esteios podres e de duas portas almofadadas, além da instalação de um novo púlpito lavrado em cedro e da adoção de um sistema para evitar a infestação de insetos. As intervenções foram feitas a partir do projeto de um arquiteto e contratação de equipe técnica.
No fim de outubro de 2007, o Estado de Minas registrou a luta dos moradores para manter a integridade do patrimônio e conseguir verbas para preservá-lo. Na época, preocupado com o destino do prédio, Rômulo lembrou que a construção esteve muito ameaçada, “na iminência de se partir ao meio durante chuvas fortes”. Todos os recursos foram contabilizados na ponta do lápis pelo tesoureiro da comissão, o agricultor Aderi José dos Santos. Nas duas fases da obra, foram gastos R$ 90 mil. “Por sorte, ainda ganhamos muito material de construção, senão seria impossível terminar a parte estrutural”, diz Rômulo.
Obrigada a paralisar as obras durante um ano por falta de recursos, a comissão de moradores arregaçou as mangas, em 2008, “e passou o chapéu”, conta Rômulo. Ele destaca, entre as principais ações, a recuperação do telhado, que recebeu 6 mil telhas coloniais tipo cumbuca, a troca do piso, de esteios podres e de duas portas almofadadas, além da instalação de um novo púlpito lavrado em cedro e da adoção de um sistema para evitar a infestação de insetos. As intervenções foram feitas a partir do projeto de um arquiteto e contratação de equipe técnica.
No fim de outubro de 2007, o Estado de Minas registrou a luta dos moradores para manter a integridade do patrimônio e conseguir verbas para preservá-lo. Na época, preocupado com o destino do prédio, Rômulo lembrou que a construção esteve muito ameaçada, “na iminência de se partir ao meio durante chuvas fortes”. Todos os recursos foram contabilizados na ponta do lápis pelo tesoureiro da comissão, o agricultor Aderi José dos Santos. Nas duas fases da obra, foram gastos R$ 90 mil. “Por sorte, ainda ganhamos muito material de construção, senão seria impossível terminar a parte estrutural”, diz Rômulo.
Altares
Mesmo com as obras, a comunidade continua realizando a festa em louvor a São Sebastião, que, diferentemente das demais localidades, é celebrada, em Bom Jardim, na terceira semana de agosto. Morador da vizinha Divinópolis e sempre disposto a enfrentar, de moto, 62 quilômetros, sendo 17 de terra, para ver o andamento do trabalho, Rômulo diz que o sonho coletivo é ver os elementos artísticos restaurados e garantir os recursos que faltam: “Teremos que conseguir mais 45 mil para os elementos artísticos do altar-mor, o retábulo e o medalhão do altar lateral”.
“Não podemos perder a nossa capela, que pertence à Paróquia do Senhor Bom Jesus de Pedra do Indaiá e à diocese de Divinópolis. Nasci e cresci em Bom Jardim e sempre ouvi dos meus avós que ela teve muito movimento de fiéis no passado”, afirma o representante da comissão. Pedra do Indaiá (4 mil habitantes), a 161 quilômetros de Belo Horizonte, está na rota dos bandeirantes paulistas que abriram caminho no mato, em busca de ouro e diamantes, vindo depois dos tropeiros com as suas mercadorias.
“Não podemos perder a nossa capela, que pertence à Paróquia do Senhor Bom Jesus de Pedra do Indaiá e à diocese de Divinópolis. Nasci e cresci em Bom Jardim e sempre ouvi dos meus avós que ela teve muito movimento de fiéis no passado”, afirma o representante da comissão. Pedra do Indaiá (4 mil habitantes), a 161 quilômetros de Belo Horizonte, está na rota dos bandeirantes paulistas que abriram caminho no mato, em busca de ouro e diamantes, vindo depois dos tropeiros com as suas mercadorias.
(Gustavo Werneck - Estado de Minas em 06/01/2010)
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