quarta-feira, 13 de julho de 2011

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Percurso de 600 quilômetros vai ligar santuários das padroeiras do Brasil e de MG

A fé não apenas remove montanhas, mas abre caminhos. Pelo menos é o que sugere a implantação do Caminho Religioso da Estrada Real de Aparecida (SP) à Serra da Piedade, em Caeté, na Grande BH, projeto que foi apresentado pelo secretário estadual de Turismo, Agostinho Patrus Filho, com a presença do arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, dom Walmor Oliveira de Azevedo. A boa notícia foi dada ontem à noite, em evento que reuniu prefeitos de cidades ao longo do percurso e representantes dos setores de turismo, empresarial e religioso no auditório da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), no Funcionários, Centro-Sul da capital.
O modelo foi inspirado no consagrado Caminho de Santiago de Compostela, do século 9, um percurso de 750 quilômetros entre Espanha e França. O secretário Agostinho Patrus chama atenção para o fato de que o Brasil é o terceiro país a enviar turistas ao Caminho de Santiago, ficando atrás somente de espanhóis e franceses. Ele destacou ainda que o turismo religioso é o que mais cresce no mundo. Dados da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) apontam que 8,1 milhões de viagens domésticas no Brasil são motivadas pela fé, o que representa 3,6% de todas as realizadas no país. Já o patrimônio histórico das igrejas mineiras representa 60% do acervo nacional, um atrativo para turistas.
Dom Walmor comemorou a iniciativa que, além da Arquiodiocese Metropolitana de Belo Horizonte, vai envolver as unidades religiosas de Mariana, São João del-Rei, Campanha e Coronel Fabriciano/Itabira, em Minas, além de Lorena e Aparecida, em São Paulo. “Dos 10,3 milhões de peregrinos que anualmente passam pelo Santuário de Aparecida, quase metade são fiéis de Minas Gerais. Vamos disponibilizar o melhor que temos, o Santuário de Nossa Senhora da Piedade, padroeira dos mineiros, para atrair esses fiéis que visitam a padroeira do Brasil. Afinal, a força da cultura religiosa é uma ajuda preciosa na vida da sociedade contemporânea”, constata o arcebispo.
A trilha de fé que vai ligar as duas padroeiras – Brasil/Minas – terá cerca de 600 quilômetros, com apropriação do patrimônio da Estrada Real, num roteiro de peregrinação que será percorrido a pé, a cavalo ou de bicicleta. A iniciativa do governo estadual, por meio da Secretaria de Turismo, conta também com a participação das pastas de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Cultura e Planejamento e Gestão, além da parceria com o governo de São Paulo, prefeituras municipais dos dois estados e o Instituto Estrada Real (Fiemg).
Este ano, a proposta estará em fase de estruturação, com seminários e reuniões com representantes dos municípios envolvidos e de entidades do setor turístico e cultural, além dos levantamentos geográficos, que serão desenvolvidos por uma empresa de consultoria. A partir de 2012, terá início a implementação do Caminho Religioso Estrada Real, num prazo de seis meses. O projeto prevê que 38 cidades estarão na rota principal (Caminho Velho, Sabarabuçu e Caminho dos Diamantes da Estrada Real) e 48 municípios na área de abrangência. O prefeito Marcos Tridon, de Itamonte, no Sul do estado, a 407 quilômetros da capital, aprovou o projeto: “Será um reforço no conceito da Estrada Real. O potencial religioso vai valorizar ainda mais as iniciativas cultural e turística. É um projeto que tem tudo para dar certo”.
(Fonte: Landercy Hemerson – Estado de Minas em 13/07/2011)

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