“Minas são muitas. Porém, poucos são aqueles que conhecem as mil faces das Gerais.” (Guimarães Rosa)
Rio Preto
Igreja Matriz de Nosso Senhor dos Passos (Foto do Miguel)
Região: Zona da Mata
Padroeiro: Nosso Senhor dos Passos
Festa do Padroeiro: 14 de Maio
Localização
História
Os primeiros habitantes de todo o vale do Rio Preto foram os índios Coroados. A região circunscrita à bacia do rio Preto e proximidades de Paraíba do Sul deveria possuir, em meados do século XVIII cerca de 1400 índios, sendo, então, atual cidade de Marquês de Valença, estado do Rio, o principal aldeamento. Por ordens do Vice-rei Luiz de Vasconcelos e Souza, deu-se início, por volta de 1769, a catequese e civilização dos silvícolas do território, sendo o capitão Inácio de Souza Werneck e padre Manoel Gomes Leal encarregados dessas missões. . Poucos anos depois, com a chegada de novos exploradores, isto é, por volta de 1780, já estava formado o arraial denominado Ouvidor.
Com a colonização branca, por volta de 1780, os índios foram perdendo suas terras e sendo escravizados. Nesta época, o vale do rio Preto fazia parte de uma extensa região entre Rio de Janeiro e Minas, denominada "Áreas proibidas", que deveria permanecer inculta, a fim de se evitar o extravio do ouro.
Dessa forma é que surge Rio Preto, no único ponto onde era possível a passagem do ouro. Nesta tarefa de ocupação do solo tiveram papel preponderante os colonizadores portugueses, coadjuvados pelo elemento negro. A exploração das terras só era permitida a quem obtivesse concessão para tal atividade, fato que servia ainda mais para atrair novos moradores e posseiros. Passou o lugar a chamar-se Passagem do Rio Preto até 1800 e depois Registro do Rio Preto.
Em 1824 o nome era Presídio do Rio Preto face ao cárcere ali existente. O povoado se formou em volta deste presídio. Não se sabe a data da ereção da primeira capela. Joaquim Rodrigues Franco teria doado terras para o patrimônio de Senhor dos Passos, em 1814 sendo que a nova igreja teria sido erguida por volta de 1831.
Francisco Dionísio Fortes realiza, em 1844, uma das suas maiores aspirações - a elevação de Rio Preto à Vila - o levantamento do Pelourinho, símbolo da emancipação político-administrativa do arraial.
Em 1871, Rio Preto passa definitivamente à categoria de cidade.
O café foi responsável pela chegada da estrada de ferro Central do Brasil em 1892. Com a decadência do café o crescimento econômico e urbano da região se estagnou. Mas, no início do século XX a pecuária começa a ganhar espaço, essa prática ainda se destaca os dias de hoje. O turismo também é relevante para a cidade, graças aos aspectos naturais e históricos do município.
Datas Históricas
1833 – Criada a freguesia com a denominação de Presídio do Rio Preto.
1844 - Elevado à categoria de vila com a denominação de Nossa Senhora Passos do Rio Preto.
1854 – É extinta a vila.
1864 - Transfere a Sede da Vila de Rio Preto para o município de Porto do Turvo.
1870 - Elevado novamente à categoria de Vila com a denominação de Rio Preto, desmembrada do município de Turvo.
1871 - Elevada à condição de Cidade.
O município
Rio Preto é um município do estado de Minas Gerais. Sua população em 2010 era de 5.292 habitantes. O município possui uma área de 348,14 Km².
O município ainda guarda referências importantes da memória da sua ocupação inicial e o casario revela os vários tempos da edificação da cidade.
A economia de Rio Preto tem como base a pecuária, a agricultura e o comércio, com grandes possibilidades de investimentos no turismo rural com bases sustentáveis. O setor agropecuário se destaca pela presença de pequenos produtores, que se dedicam a criação de gado leiteiro, responsável pela grande produção de leite do município.
A atividade turística, listada com uma das potencialidades do município, apresenta diversos pontos turísticos e históricos, o norte da cidade localizado na Serra Negra possui áreas de mata virgem, uma abundancia de recursos hídricos com inúmeras cachoeiras.
O município possui diversas cachoeiras, rios e montanhas, e as famosas fazendas da época do Império permanecem até hoje. Existem, ainda, lugares pouco explorados, dentre eles a Gruta do Funil, numa área toda coberta por areia branca e fina.
(Fontes: http://www.ufjf.br, IBGE, ALMG)
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