sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Minas são muitas - Rio Preto

“Minas são muitas. Porém, poucos são aqueles que conhecem as mil faces das Gerais.” (Guimarães Rosa)

Rio Preto

Igreja Matriz de Nosso Senhor dos Passos (Foto do Miguel)

Região: Zona da Mata
Padroeiro: Nosso Senhor dos Passos
Festa do Padroeiro: 14 de Maio

Localização


História

Os primeiros habitantes de todo o vale do Rio Preto foram os índios Coroados. A região circunscrita à bacia do rio Preto e proximidades de Paraíba do Sul deveria possuir, em meados do século XVIII cerca de 1400 índios, sendo, então, atual cidade de Marquês de Valença, estado do Rio, o principal aldeamento. Por ordens do Vice-rei Luiz de Vasconcelos e Souza, deu-se início, por volta de 1769, a catequese e civilização dos silvícolas do território, sendo o capitão Inácio de Souza Werneck e padre Manoel Gomes Leal encarregados dessas missões. . Poucos anos depois, com a chegada de novos exploradores, isto é, por volta de 1780, já estava formado o arraial denominado Ouvidor.
Com a colonização branca, por volta de 1780, os índios foram perdendo suas terras e sendo escravizados. Nesta época, o vale do rio Preto fazia parte de uma extensa região entre Rio de Janeiro e Minas, denominada "Áreas proibidas", que deveria permanecer inculta, a fim de se evitar o extravio do ouro.
Dessa forma é que surge Rio Preto, no único ponto onde era possível a passagem do ouro. Nesta tarefa de ocupação do solo tiveram papel preponderante os colonizadores portugueses, coadjuvados pelo elemento negro. A exploração das terras só era permitida a quem obtivesse concessão para tal atividade, fato que servia ainda mais para atrair novos moradores e posseiros. Passou o lugar a chamar-se Passagem do Rio Preto até 1800 e depois Registro do Rio Preto.
Em 1824 o nome era Presídio do Rio Preto face ao cárcere ali existente. O povoado se formou em volta deste presídio. Não se sabe a data da ereção da primeira capela. Joaquim Rodrigues Franco teria doado terras para o patrimônio de Senhor dos Passos, em 1814 sendo que a nova igreja teria sido erguida por volta de 1831.
Francisco Dionísio Fortes realiza, em 1844, uma das suas maiores aspirações - a elevação de Rio Preto à Vila - o levantamento do Pelourinho, símbolo da emancipação político-administrativa do arraial.
Em 1871, Rio Preto passa definitivamente à categoria de cidade.
O café foi responsável pela chegada da estrada de ferro Central do Brasil em 1892. Com a decadência do café o crescimento econômico e urbano da região se estagnou. Mas, no início do século XX a pecuária começa a ganhar espaço, essa prática ainda se destaca os dias de hoje. O turismo também é relevante para a cidade, graças aos aspectos naturais e históricos do município.

Datas Históricas

1833 – Criada a freguesia com a denominação de Presídio do Rio Preto.
1844 - Elevado à categoria de vila com a denominação de Nossa Senhora Passos do Rio Preto.
1854 – É extinta a vila.
1864 - Transfere a Sede da Vila de Rio Preto para o município de Porto do Turvo.
1870 - Elevado novamente à categoria de Vila com a denominação de Rio Preto, desmembrada do município de Turvo.
1871 - Elevada à condição de Cidade.

O município

Rio Preto é um município do estado de Minas Gerais. Sua população em 2010 era de 5.292 habitantes. O município possui uma área de 348,14 Km².
O município ainda guarda referências importantes da memória da sua ocupação inicial e o casario revela os vários tempos da edificação da cidade.
A economia de Rio Preto tem como base a pecuária, a agricultura e o comércio, com grandes possibilidades de investimentos no turismo rural com bases sustentáveis. O setor agropecuário se destaca pela presença de pequenos produtores, que se dedicam a criação de gado leiteiro, responsável pela grande produção de leite do município.
A atividade turística, listada com uma das potencialidades do município, apresenta diversos pontos turísticos e históricos, o norte da cidade localizado na Serra Negra possui áreas de mata virgem, uma abundancia de recursos hídricos com inúmeras cachoeiras.
O município possui diversas cachoeiras, rios e montanhas, e as famosas fazendas da época do Império permanecem até hoje. Existem, ainda, lugares pouco explorados, dentre eles a Gruta do Funil, numa área toda coberta por areia branca e fina.
(Fontes: http://www.ufjf.br, IBGE, ALMG)

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